O ecossistema de pequenas e médias empresas (PMEs) que operam no modelo D2C (Direct-to-Consumer) movimentou R$ 5,8 bilhões no Brasil em 2025, segundo dados da Nuvemshop. O desempenho marca um ano histórico para o segmento e reforça a consolidação da venda direta ao consumidor como estratégia relevante para o crescimento dos negócios digitais no país.

Ao longo do ano, 16 milhões de consumidores realizaram compras em lojas D2C, somando 22 milhões de pedidos e mais de 87 milhões de produtos vendidos. Em média, cada pedido reuniu quatro itens, o que levou o ticket médio a R$ 263. O resultado reflete estratégias mais maduras de composição de mix, bundles e estímulo à recorrência.
“O modelo D2C se consolidou definitivamente no Brasil. Em 2025, vimos marcas crescendo com base em dados próprios, ampliando margens e criando operações muito mais sustentáveis e resilientes. A profissionalização do empreendedor digital, aliada ao avanço de soluções integradas como pagamento, envios e social commerce, abriu espaço para que pequenos negócios competissem de igual para igual com grandes varejistas”, afirma Alejandro Vázquez, presidente e cofundador da Nuvemshop.
Produtos e períodos
O smartphone seguiu como principal ponto de contato com o consumidor. De acordo com o levantamento, 88% dos pedidos foram feitos via celular, consolidando o mobile como canal predominante de descoberta, navegação e conversão. No pagamento, o Pix apareceu como a principal forma de recebimento para 49% dos lojistas, enquanto o cartão de crédito respondeu por 42% das transações.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Black November concentrou a maior fatia do faturamento anual do D2C brasileiro, com 14% do GMV. A análise do comportamento semanal aponta ainda a sexta-feira como o principal dia de compras em 2025, impulsionada por estratégias contínuas de campanhas, recompra e recuperação de carrinho.
Recorte regional
Entre os estados em destaque no ano, com sua respectiva participação na distribuiçãoo estão:
- São Paulo - concentrou 46,8% das vendas D2C ao longo do ano.;
- Minas Gerais - 10% x
- Santa Catarina - 8% x
- Rio de Janeiro - 7% x
- Ceará - 5,4% x
Segundo a análise, o resultado reflete a combinação entre maturidade digital, infraestrutura logística e concentração de PMEs nesses estados.
O levantamento também aponta a evolução das soluções de apoio à operação como fator de estímulo ao crescimento do modelo. Em 2025, o Nuvem Envio movimentou mais de 4 bilhões de pacotes, enquanto o Nuvem Pago gerou uma economia superior a R$ 26 milhões em taxas para os lojistas.