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Sucesso no D2C: o caminho definido por Amazon, Magalu e Shopee

Por: Lucas Kina

Jornalista e produtor de Podcasts no E-Commerce Brasil

Durante um painel no Congresso Indústria Digital 2025, executivos de Shopee, Magalu e Amazon discutiram as principais práticas adotadas por indústrias e sellers para ampliar visibilidade, competitividade e rentabilidade dentro dos marketplaces. A conversa trouxe opiniões sobre o lado operacional da indústria e dicas para a Black Friday 2025

Leandro Salles (Amazon), Kael Lourenço (Magalu) e Leila Carcagnoli (Shopee) - Congresso Indústria Digital 2025
Leandro Salles (Amazon), Kael Lourenço (Magalu) e Leila Carcagnoli (Shopee) (Imagem: Carol Guasti/E-Commerce Brasil)

Para Leila Carcagnoli, líder de Categoria na Shopee, o retail media como um dos principais instrumentos de relacionamento entre marcas e consumidores. Segundo ela, a jornada de descoberta de uma marca começa em um anúncio ou em uma live, mas o trabalho de engajamento vai muito além da exposição. “Tudo acontece por meio do retail media, mas é o cuidado, suporte e acompanhamento profissional que fortalecem o vínculo com a indústria”, explicou.

A executiva também reforçou que lojas bem estruturadas, comunicação consistente e uso de ferramentas de inteligência são fatores decisivos para gerar dados úteis e melhorar a performance. No início de uma operação D2C, a assertividade no mix de produtos é essencial. Para a Black Friday, a executiva recomenda que as marcas trabalhem o máximo de portfólio e disponibilidade em todos os canais.

Sortimento e confiança

Para Kael Lourenço, diretor de Marketplace no Magalu, a presença de marca e o sortimento bem-planejado são pilares para alcançar relevância. Ele lembrou que o consumidor atual percorre uma jornada não linear, e a multiplicação de canais amplia as chances de contato com o público. “O sortimento tem papel-chave nesse processo, e a disponibilidade constante do produto precisa estar alinhada ao objetivo da empresa”, afirmou.

O executivo ressaltou ainda a importância de construir um ambiente saudável e confiável para os sellers dentro da plataforma e, em períodos de grande volume como a Black Friday, acreditar na demanda dos clientes como norte para a operação.

Eficiência logística e marca

Já Leandro Salles, líder de Bens de Consumo na Amazon, destacou o FBA (Fulfillment by Amazon) como diferencial estratégico na operação D2C. O modelo, segundo ele, agrega valor à indústria ao solucionar gargalos logísticos e operacionais de vendedores que estão migrando para esse formato.

O especialista mencionou, por fim, a importância de trabalhar a margem de produtos de forma inteligente e reforçou que a Black Friday deve ser vista não apenas como um período promocional, mas como uma oportunidade de fortalecer a relevância da marca a longo prazo.