Na véspera da Black Friday, o e-commerce nacional atingiu faturamento de R$ 2,28 bilhões, alta de 34,1% em relação ao registrado na véspera da Black Friday anterior.

A análise leva em consideração o acumulado das vendas realizadas no dia 27 de novembro e compara os números registrados em 28 de novembro de 2024, véspera da Black Friday do ano passado. Os dados foram extraídos da Plataforma Hora Hora da Confi Neotrust, empresa de inteligência de mercado que monitora o e-commerce brasileiro.
O número de pedidos, por sua vez, foi 63,2% superior, com 5,9 milhões de pedidos finalizados contra 3,6 milhões no ano passado.
O tíquete médio, no entanto, caiu 17,87%, registrando R$ 385,65 em 27 de novembro de 2025 contra R$ 469,51 na véspera da Black Friday de 2024, o que evidencia que os consumidores estão comprando mais, mas optando por itens de valor médio menor. As categorias que mais se destacaram na véspera da Black Friday foram: TVs (R$ 150,6 milhões), smartphones (com faturamento de R$ 143,4 milhões) e calçados (R$ 111,7 milhões).
Ao contabilizar o período de dia 1º a 27 de novembro de 2025, as vendas seguem aquecidas, com faturamento de R$ 39,2 bilhões, alta de 36,2% em relação a 2024. Em relação ao número de pedidos, o crescimento foi de 48,8%: 124,9 milhões em 2025 contra 83,9 milhões em 2024.
O tíquete médio no acumulado do mês caiu 8,5%: R$ 313,98 em 2025 contra R$ 343,26 de 1º a 27 de novembro de 2024.
Para Bruno Pati, CEO do E-Commerce Brasil, um crescimento de 34% em faturamento na véspera da Black Friday só acontece quando a infraestrutura do setor atinge maturidade suficiente para suportar picos de tráfego que extrapolam qualquer curva padrão.
“Processar quase seis milhões de pedidos em um único dia, com queda de tíquete médio, significa que a operação funcionou no regime mais desafiador para qualquer plataforma: alto volume, baixa tolerância à lentidão e decisões distribuídas. Esse é o tipo de ambiente que expõe gargalos de arquitetura, latência, antifraude, estoques, roteirização e meios de pagamento — e o fato de termos passado por ele sem grandes incidentes é um sinal claro de robustez técnica e organizacional do e-commerce brasileiro”, afirma.
Para Léo Homrich Bicalho, Head de Negócios da Confi Neotrust, o encerramento da fase pré-Black Friday (24 a 27/11) consolida uma curva de aceleração agressiva, atingindo R$ 7,2 Bilhões acumulados e mais de 51 milhões de itens vendidos.
“O grande destaque foi a quinta-feira (27), que rompeu a barreira dos R$ 2,28 Bilhões em um único dia e registrou o maior pico de crescimento da semana (+34,1%), provando que a estratégia de antecipação foi decisiva para capturar o consumidor antes mesmo da virada oficial de sexta-feira. É o que já havíamos previsto considerando o black november extremamente aquecido que temos atravessado, com um 11/11 que registrou o maior pico de vendas em um único dia, até o momento. A leve queda no tíquete médio, por sua vez, pode ser explicada por algo que observamos nos anos anteriores: o consumidor reserva para o dia da Black Friday a compra de produtos de maior valor”, analisa.