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Pesquisa aponta tendências e oportunidades logísticas para a Black Friday de 2025

Por: Alice Lopes

Jornalista no E-Commerce Brasil

Jornalista no E-commerce Brasil, graduada pela Universidade Nove de Julho e apaixonada por comunicação.

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Segundo o Mapa da Logística, levantamento realizado pela Loggi, as regiões Sudeste e Sul devem concentrar a maior parte da movimentação de pacotes na Black Friday deste ano, tanto na origem quanto no destino das entregas. O estudo, baseado em análises preditivas e inteligência de dados, traz pela primeira vez uma seção dedicada à data, destacando tendências e previsões para um dos períodos mais relevantes do varejo digital brasileiro.

Pessoa utilizando laptop e tablet para gerenciar pedidos de e-commerce com caixas ao fundo.
(Imagem: Envato)

Sudeste e Sul lideram como polos logísticos

De acordo com a Loggi, as regiões Sudeste e Sul permanecem como os principais polos logísticos do país, impulsionadas pela infraestrutura e concentração de centros de distribuição. No entanto, o levantamento também aponta um crescimento expressivo na movimentação de mercadorias nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, reflexo da expansão geográfica do consumo online.

Entre as categorias com maior potencial de crescimento estão cosméticos e perfumaria, seguidos de vestuário e moda, calçados, eletrônicos e informática, artigos esportivos e alimentos. Setores como joias e bijuterias, jogos e brinquedos, e papelaria e impressão gráfica também devem ganhar força, indicando a diversificação no perfil de compras e novas oportunidades para negócios de nicho.

O estudo mostra ainda diferenças no valor médio por pedido conforme o porte das empresas. Grandes marcas devem registrar um ticket médio próximo de R$ 197, enquanto pequenos negócios devem alcançar cerca de R$ 184, reforçando a relevância das PMEs e marcas independentes durante a data.

Interior do Brasil impulsiona o e-commerce de PMEs

O Mapa da Logística aponta que o e-commerce brasileiro tem se expandido para áreas que antes tinham menor representatividade no setor. Pequenas e médias empresas situadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília registraram crescimento de 194% no envio de pacotes para consumidores de cidades do interior, como Niterói (RJ), Ribeirão Preto (SP), Sorocaba (SP), São José dos Campos (SP) e Vila Velha (ES).

O movimento reforça a digitalização do consumo fora dos grandes centros e o papel estratégico da logística na integração regional. Além disso, empresas localizadas em cidades interioranas, como São José dos Pinhais (PR), Brusque (SC), Joinville (SC), Serra (ES) e Londrina (PR), aumentaram em 80% o volume de pacotes enviados para outras cidades do interior, como Santos (SP), Jundiaí (SP), Uberlândia (MG), Maringá (PR) e São José do Rio Preto (SP).

Esse avanço mostra que o interior vem se consolidando como emissor e receptor de compras online, ampliando a circulação de produtos fora dos grandes centros metropolitanos.

PUDOs ganham espaço entre pequenos negócios

O uso de pontos de recebimento e entrega de pacotes (PUDOs, do inglês Pick Up and Drop Off Points) vem se consolidando como alternativa logística entre pequenos e médios empreendedores. O modelo, que reduz custos e amplia o acesso à infraestrutura de envio, registrou alta de 22% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior.

Novas regiões e categorias ganham protagonismo

O terceiro trimestre de 2025 trouxe novos destaques regionais no Mapa da Logística. O Centro-Oeste se consolidou como região estratégica, com Goiás liderando o ranking de crescimento (+202%). O Paraná entrou pela primeira vez entre os cinco estados com maior movimentação (+15%), enquanto Bahia, Ceará, Pernambuco e Rondônia se fortaleceram como polos logísticos no Nordeste e Norte.

As regiões Sudeste e Sul também registraram a maior presença de PMEs, com 13% e 22%, respectivamente, superando as grandes marcas (11% e 12%). Entre as categorias com melhor desempenho, artigos esportivos cresceram 150% no trimestre, e o segmento de óticas registrou alta de 310% no primeiro semestre.