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Integração além da automação: como transformar conexões em vantagem competitiva

Por: Alice Lopes

Jornalista no E-Commerce Brasil

Jornalista no E-commerce Brasil, graduada pela Universidade Nove de Julho e apaixonada por comunicação.

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No RD Summit, Mauricio de Souza, sócio-diretor de Tecnologia e Negócios na Artiq, apresentou uma visão madura sobre o papel da integração na era dos dados. Segundo ele, o tema, muitas vezes visto apenas como um aspecto técnico, é hoje um dos pilares estratégicos das empresas que buscam eficiência, escalabilidade e personalização no e-commerce.

Mauricio de Souza no RD Summit 2025
(Imagem: Alice Lopes/E-commerce Brasil)

A integração, explica, é o que permite que diferentes sistemas e plataformas conversem entre si, garantindo o fluxo contínuo de informações entre áreas como marketing, CRM, BI e operações. Esse processo cria a base para decisões mais rápidas e assertivas, melhora a experiência do cliente e sustenta o crescimento das empresas em um ambiente digital cada vez mais fragmentado.

Com o avanço da inteligência artificial e o aumento exponencial de dados, conectar pontos de forma inteligente deixou de ser um diferencial tecnológico e passou a ser uma necessidade de negócio. “A integração representa um ativo estratégico. Vai além da automação. É um patrimônio intangível que aumenta a competitividade e o valor da empresa no longo prazo”, afirmou o executivo.

Quando a transformação começa no desafio

Para Mauricio, toda transformação nasce de um problema a ser resolvido. “Vemos diversos projetos de integração fracassarem por falta de uma boa estratégia”, observou. Entre as principais dores das empresas estão o desalinhamento entre áreas, a ausência de engajamento das equipes e o custo de oportunidade.

A integração, segundo ele, é mais do que uma ferramenta para resolver gargalos. Ela tem papel central na construção de processos eficientes, na melhoria da tomada de decisão, na segurança e conformidade, na escalabilidade dos negócios e na personalização da experiência do cliente.

Com o avanço das plataformas e a diversificação dos canais de relacionamento, o ecossistema digital se tornou mais complexo. De Souza destacou que a falta de integração entre mídia, CRM, BI e e-commerce gera esforços duplicados e compromete a visão global do consumidor.

Nesse cenário, a integração se torna um fator crítico para sustentar operações digitais maduras.

Da automação à inteligência estratégica

O executivo reforçou que a integração vai além da automação de tarefas. Ela deve ser entendida como um ativo de negócio, um patrimônio intangível que aumenta o valor da empresa e sustenta sua competitividade no longo prazo.

A chegada da inteligência artificial acelerou esse processo. Para ele, a popularização da IA tornou os projetos de automação mais ágeis, acessíveis e estratégicos, permitindo que empresas de diferentes portes invistam em soluções de integração com retorno real e mensurável.

Os ganhos de uma integração bem estruturada

Ao adotar uma estratégia sólida de integração, as empresas não apenas reduzem custos e retrabalhos, mas criam as bases para decisões mais assertivas e um crescimento sustentável. Entre os principais benefícios, se destacam:

  • Eficiência operacional: diminuição de tarefas repetitivas e melhor aproveitamento de recursos.
  • Performance e rentabilidade: decisões embasadas em dados atualizados em tempo real.
  • Escalabilidade: automação e governança capazes de sustentar a expansão do negócio.
  • Inteligência contínua: visão integrada de comportamento, mídia e receita.
  • Cultura de dados: integração como ponto de partida para inovação e aprendizado constante.

Integração como diferencial competitivo

Mauricio encerrou destacando que a integração é o elo que conecta tecnologia, pessoas e estratégia. Quando bem estruturada, ela transforma o modo como as empresas operam e se relacionam com seus clientes.

“As organizações que enxergam a integração como parte do seu valor de negócio, e não apenas como um recurso técnico, estarão mais preparadas para competir em um mercado digital cada vez mais orientado por dados e experiências conectadas”, concluiu.