Já faz algum tempo que o conteúdo virou uma ferramenta para as marcas e o varejo também passou a “surfar nesta onda”, tendo suas próprias plataformas de conteúdo, onde escrevem sobre decoração, música, viagens, moda, ensinam as pessoas a usar e combinar diferentes produtos, etc. É sabido que isso aproxima o público da marca e, portanto, traz mais confiança e a possibilidade de gerar conversões mais facilmente.
Mas, ainda assim, existe uma dificuldade enfrentada. Afinal, não necessariamente o conteúdo é capaz de entregar uma venda direta e instantânea — a menos que as pessoas possam comprar diretamente nele. Em outras palavras, a menos que o conteúdo seja totalmente comprável.
Mas, afinal, o que é conteúdo comprável?
O conteúdo comprável pode ser definido de maneira rápida como qualquer tipo de conteúdo que oferece uma oportunidade de compra direta. Ou seja, permite que os consumidores adicionem produtos ao carrinho a partir do que estão visualizando. Em resumo, os potenciais clientes são levados a uma página de produto para realizar uma compra, não havendo a necessidade de sair do conteúdo e fazer uma pesquisa por conta própria em outra plataforma.
Isso reduz o número de cliques entre ver o produto e comprar, especialmente quando usado em uma rede social e ou vídeo online.
Outro conceito utilizado é o “Shoppable”, também conhecido como “social shopping”.
Um exemplo de conteúdo comprável, ou Shoppable, é o Instagram Shopping. Assim, de uma plataforma social casual, mudou para um canal de vendas em grande escala. A ferramenta facilita uma integração nativa do aplicativo, possibilitando a marcação e compra de produtos diretamente de suas postagens.
Como o conteúdo comprável se diferencia do marketing de afiliados?
Na prática, o marketing de afiliados também oferece a oportunidade de compra do que está sendo visualizado, correto? Porém, o marketing de afiliados é o processo de ganhar uma comissão promovendo produtos de outras pessoas ou empresas. Um afiliado promove um ou múltiplos produtos e tenta atrair e convencer os consumidores em potencial sobre o produto, para que eles realmente acabem comprando-o.
Já no conteúdo comprável, a própria marca utiliza a tecnologia que constrói uma ponte entre sua loja online e uma plataforma de conteúdo onde esses artigos são publicados — e, por fim, integra produtos existentes nela.
Um exemplo na prática: quando buscarmos no Google um produto como “Kindle”, o famoso leitor da Amazon, e utilizarmos um termo como “Qual o melhor Kindle de 2021”, temos como primeiro resultado o site “Uma Dica por Dia”, que utiliza o programa de afiliados da Amazon. O site disponibiliza um botão de compra que direciona para o site da Amazon Brasil. Portanto, não é o “dono” do anúncio em questão, apenas do conteúdo que responde a pergunta que fizemos ao Google “Qual o melhor Kindle de 2021”. E assim seriam possíveis muitos outros exemplos de sites e pesquisas relacionadas a produtos e serviços.
Isso se diferencia do conteúdo comprável, pois ele simplifica o caminho até a compra, levando diretamente do conteúdo ao carrinho — algo que o conteúdo tradicional não é capaz de fazer.
Benefícios do conteúdo comprável para as marcas
Jornada do cliente mais curta
A opção de comprar instantaneamente agiliza o caminho até a compra.
Experiência do cliente
Um processo de checkout rápido e descomplicado é essencial para reduzir o abandono do carrinho e aumentar as taxas de conversão.
Alcance de mais consumidores com intenção de compra
Como boa parte da população mundial usa as redes sociais (ou outros canais de conteúdo), é muito provável alguém que receba um anúncio atrelado ao conteúdo faça uma compra.
Mensuração e insights
É possível calcular as conversões e monitorar os cliques nos produtos para ver onde as modificações são necessárias para melhorar o ROI.
É bom relembrar que qualquer estratégia de marketing de conteúdo visa atrair leads e aumentar as conversões por meio de conteúdo de valor. Por isso mesmo o conteúdo comprável tem atingido este objetivo de forma positiva. Ao aplicá-lo, portanto, ofereça conteúdo visual atraente, com pontos de acesso clicáveis incorporados às fotos ou vídeos, que conversem bem com a sua audiência. Isso é algo que realmente pode transformar o seu conteúdo em um canal de vendas.