O tablet é o dispositivo que apresenta maiores taxas de crescimento no mercado brasileiro. Durante o ano de 2012 foram vendidos 3,1 milhões de unidades, ou seja, 171% mais do que em 2011, quando o País havia comercializado 1,1 milhão de equipamentos. Somente no quarto trimestre foi de 1,1 milhão, revela estudo da IDC.
Para o ano de 2013, a IDC espera que sejam comercializados 5,8 milhões de tablets, número que é 89,5% maior do que o apresentado no ano passado. O mês de janeiro de 2013, segundo o estudo mensal da consultora, apresentou vendas de 350 mil peças, apenas 15% mais baixo quando comparado com o mês de dezembro de 2012, considerado o mais representativo desde o início das vendas dessa categoria de produto no Brasil.
Os dados divulgados nesta segunda-feira (25/03) pela IDC estão acima dos apresentados na semana passada juntamente com a venda de PCs, quando os números não estavam consolidados. Na prévia, a comercialização de tablets era de 2,9 milhões de unidades em 2012 e os volumes previstos para 2013 estavam em 5,5 milhões de unidades.
Pesquisa da IDC aponta que do total de tablets vendidos no País no ano passado, 77% têm o sistema operacional Android e quase 50% dos dispositivos custaram menos de 500 reais.
A entrada de equipamentos com esta faixa de preço foi o principal fator para o aumento significativo de vendas de tablets em 2012. Em 2010 e 2011, os valores ainda eram considerados altos e o leque de opções não era tão extenso.
“No ano passado, algumas empresas que até então fabricavam GPS passaram a produzir tablets e os preços ficaram mais convidativos. Além disso, a maioria dos fabricantes de computadores que atua no mercado brasileiro está incluindo o tablet em seus portfólios de produtos”, declara Pedro Hagge, analista de mercado da IDC Brasil.
Dos 3,1 milhões de dispositivos vendidos em 2012, 88% foram para usuários domésticos e 12% para o mercado corporativo. Na comparação com 2011, o segmento doméstico cresceu 159% e o corporativo 303%.
“Desde que os tablets foram lançados, é um mercado que sempre aponta para números crescentes, ou seja, em nenhum trimestre houve queda. Com certeza é um dispositivo que colabora para a inclusão digital já que é boa alternativa para quem precisa consumir conteúdo e não produzir muita informação”, completa Hagge.
A chegada do tablet aumentou o tempo de vida de um computador, fazendo com que o consumidor demore mais tempo para renovar seus desktops ou notebooks. “Embora o usuário esteja comprando menos computadores, entendemos que os dispositivos têm funções bem distintas e que o tablet não é, de forma alguma, um substituto”, finaliza Hagge.
Quando comparado com o mercado de computadores no Brasil o que se vê é que foram vendidos, em 2012, um aparelho para cada cinco computadores. Em 2011 era um tablet para cada 14 computadores.
Nos Estados Unidos, vendeu-se, em 2012, praticamente um dispositivo para cada notebook. Já na China foi um tablet para cada oito computadores. No ranking mundial do mercado de tablets, o Brasil ocupa a décima posição. O país havia fechado 2011 na décima segunda posição.
Por: Computerworld