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Pagamento pode fazer parte da fidelização do cliente, explica executivo da Pagar.me

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

William Toshio, head de produtos da Pagar.me, esteve na Conferência E-Commerce Brasil Rio Grande do Sul 2024 para falar da fidelização de clientes por intermédio do pagamento.

William Toshio, head de produtos da Pagar.me/Imagem: @tiagobeef/@br.aba

“Em 2024, alcançamos 6,3 trilhões de dólares em vendas online pelo mundo. Para 2025, vamos chegar perto de 7 trilhões. Parte desse dinheiro, no entanto, é retida pelas fraudes, que impedem o crescimento do e-commerce e prejudicam a confiança do consumidor”. 

Entre as formas de segurança mais comuns, o executivo destaca o 3D Security (um “escudo” que garante a identidade do usuário) e o click to pay.

O 3DS se baseia em garantir os 3 domínios: do emissor, da interoperabilidade e do adquirente. Basicamente, esse sistema identifica se é necessário ou não garantir a autenticação do usuário durante a compra baseado em comportamentos de compra (horário, valor, tipo de site).

Um dos benefícios para o lojista é a ausência de custo, uma vez que o operador responsável pelo checkout realiza a segurança usando o 3DS. 

De acordo com a Visa, reduz em 76% as fraudes em compras online. Além disso, dados da EMVCo, mostra que aumenta em 9% a confiança do consumidor. 

Jornada de compra, segurança e conveniência

Para que esse sistema de segurança funcione sem que interfira a experiência do consumidor, é importante investir também em checkouts mais simples, com menos interrupções. Dados da PYMNTS mostram que 52% dos consumidores abandonam checkouts complexos. É ai que entra o Click to pay, solução de pagamento online simplificada. 

A iniciativa, nova no mercado, promete ser expandida em 2025. De acordo com William, poucos sites usam a ferramenta atualmente, mas, devido a sua facilidade, deve ser aderida em maior quantidade ao longo do próximo ano. 

Basicamente, o click to pay estará disponível como uma das formas de checkout e usará o cartão de crédito cadastrado pelo usuário. “No final do dia, o click to pay corta caminhos, pois evita que o usuário precise preencher os dados novamente, além de ser mais seguro, pois garante que os dados do cartão estejam ‘tokenizados’”. 

Segundo a ACI Worldwide, o click to pay pode aumentar em 35% a taxa de conversão do e-commerce. “Como um todo, o click to pay mostra para o consumidor que a jornada dele é mais fluída, inclusive o pagamento”, conclui o executivo. 

Para ele, o e-commerce trabalha com dois pilares: segurança e comodidade. “No final do dia, fazer com que o consumidor confie no seu meio de pagamento garante que ele volte para comprar novamente e indique seu e-commerce para outras pessoas”.