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Natal 2025 acelera varejo digital e reforça peso de curadoria, dados e logística

Por: Alice Lopes

Jornalista no E-Commerce Brasil

Jornalista no E-commerce Brasil, graduada pela Universidade Nove de Julho e apaixonada por comunicação.

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O varejo se aproxima do Natal com expectativas em alta. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) projeta mais de R$ 72 bilhões em vendas neste ano, o maior montante da última década. O movimento reflete um consumidor que, desde o segundo semestre, vem demonstrando comportamento mais digital, exigente e orientado por critérios que unem relevância, conveniência e segurança.

compras de natal
(Imagem: Envato)

Jornada nasce no digital e intensifica o papel da curadoria

A descoberta de produtos está cada vez mais concentrada no online. É nesse ambiente que o consumidor pesquisa, compara, se inspira e toma decisões, guiado por vitrines digitais, conteúdos editoriais, influenciadores e recomendações inteligentes. Em dezembro, quando a busca por precisão se intensifica, a curadoria ganha protagonismo.

Daniel Soares, CCO da Dafiti, observa que esse processo remodela toda a experiência de compra. “O cliente se inspira online, compara online e decide online. A jornada inteira nasce no digital, e isso redefine tanto a experiência quanto a responsabilidade de quem opera nesse ambiente”, afirma. Ele destaca que a maior qualificação do tráfego e o avanço da conversão reforçam a tendência de crescimento consistente neste Natal.

A ampliação do repertório de marcas, estilos e faixas de preço no varejo digital também acompanha a evolução desse comportamento, criando um ecossistema mais diverso e capaz de atender desde demandas funcionais até escolhas mais autorais.

Logística previsível se consolida como vantagem competitiva

Em um cenário de juros elevados e inadimplência acima da média histórica, a confiabilidade logística assume papel decisivo. O consumidor está menos tolerante a riscos e exige prazos claros, precisão operacional e acompanhamento transparente do início ao fim da compra.

Para responder à alta demanda de dezembro, empresas do setor ampliaram modelos logísticos centralizados, que permitem maior controle sobre estoque, separação e despacho. As operações ganham consistência e reduzem variabilidade, especialmente em períodos críticos. “A responsabilidade de entregar no prazo, especialmente em dezembro, é enorme. A tecnologia permite antecipar picos, otimizar fluxos e dar segurança ao cliente”, reforça Daniel.

Mesmo com a forte digitalização, o Natal mantém seu caráter emocional. O consumidor dedica mais tempo à escolha, compara detalhes e busca presentes que transmitam intenção e afeto. “Presentear é comunicar carinho. Nosso papel é garantir que o digital amplifique essa mensagem, oferecendo uma jornada fluida, confiável e alinhada ao que o cliente sente”, completa Daniel.

A soma entre curadoria qualificada, uso intensivo de dados e logística mais previsível sustenta os pilares do varejo nesta temporada, em um mercado que se mantém competitivo e cada vez mais guiado pelo comportamento das pessoas.