O grupo canadense Couche-Tard anunciou no sábado (16) que as discussões preliminares para uma transação com o francês Carrefour serão “descontinuadas, em virtude de eventos recentes”.
A desistência ocorre na esteira das críticas do governo da França à operação. Na quarta-feira (13), em entrevista à TV France 5, o ministro das Finanças do país, Bruno Le Maire, verbalizou a oposição da gestão Emmanuel Macron à operação, ao argumentar que a fusão poderia colocar em risco empregos e a cadeia de abastecimento francesa.
“O que está em jogo aqui é a soberania alimentar do povo francês”, afirmou Le Maire. “A ideia de que o Carrefour possa ser comprado por um ator estrangeiro – em princípio, não sou a favor de tal movimento.”
Contudo, o Couche-Tard e o Carrefour destacaram que estenderão as discussões para avaliar “eventuais oportunidades na área de parcerias operacionais”.
“Entre as potenciais áreas de cooperação a serem exploradas, estão o compartilhamento das melhores práticas relacionadas a combustíveis, acordos de compra conjunta, parceria em marcas próprias, melhoria na jornada do cliente por meio de inovação, além de formas de otimizar a distribuição de produtos”, ressaltou o Grupo Carrefour Brasil, em fato relevante.
O presidente e executivo-chefe do Couche-Tard afirmou que parcerias operacionais com o Carrefour se alinham com a estratégia do grupo de se tornar um varejista líder global.
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