Segundo levantamento da Conversion, Google e outros buscadores geram cerca de 55% do total de visitas em sites brasileiros, incluindo resultados orgânicos e links patrocinados }
A busca orgânica do Google e de outros buscadores é responsável por 32,2% de todo o tráfego em portais e sites na web e configura-se no principal canal de visitas dos usuários no Brasil. Incluindo os links patrocinados (anúncios que aparecem nos resultados de busca), os mecanismos de busca são responsáveis por 54% das visitas. É o que aponta recente pesquisa da Conversion, empresa brasileira especializada em Search Engine Optimization (SEO).
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Segundo levantamento, os resultados de buscas naturais geram mais acessos em comparação com os links patrocinados, que representam 24,1% das visitas, e com o tráfego direto, responsável por 17,2% do acessos. O estudo foi realizado com levantamento que contou com mais de 100 milhões de visitas e mostra quais são os principais canais geradores de tráfego no País.
O programa de afiliados, pelo qual sites de e-commerce são anunciados em sites e remunerados por comissão nas vendas, fica com 10,2% do tráfego. O total de links de sites de referência responde a 5,1% das visitas, email marketing a 4,1%, redes sociais a 2,6%, display/anúncios a 2,3% e por último comparadores de preço com 2,2%.
De acordo com o CEO da Conversion, Diego Ivo, a busca orgânica é considerada o espaço de maior credibilidade perante o usuário, o que inspira mais confiança no momento de decidir o acesso às páginas. “Se fizermos um paralelo com as mídias impressas, podemos dizer que a busca orgânica é o espaço editorial e jornalístico, e os links patrocinados são os anúncios e os informes publicitários”, explica Ivo.
As fontes de tráfego que mais geram vendas
A pesquisa também considerou os sites de comércio eletrônico, que realizam vendas pela Internet, e apontou as fontes de tráfego que mais geram receita. A busca orgânica também liderou o ranking, com 34,6% das vendas das lojas virtuais, seguida pelos links patrocinados (23,5%) e do tráfego direto (20%). O tráfego direto é considerado quando as pessoas digitam o endereço do site no navegador, sem passar por outros sites ou mecanismos de busca. O faturamento do comércio eletrônico está estimado em cerca de R$40 bilhões de reais para 2014 (ABComm).
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Os canais mais eficientes
Quando o assunto são os canais mais eficientes, a pesquisa fez um levantamento da taxa de conversão de cada um deles. O e-mail marketing liderou nesse critério, com uma taxa de conversão de 1,8%, seguido dos comparadores de preços com 1,4% e de sites de referência, com 1%. Taxa de conversão é a proporção entre visitantes e as chamadas conversões – que podem ser uma compra, a solicitação de orçamento, etc.
A busca orgânica, líder em tráfego e receita, possui uma taxa de conversão de 0,98% e os links patrocinados, segundo colocado também em tráfego e receita, converte 0,82% das visitas geradas em vendas. A pior taxa de conversão fica com os programas de Afiliados, com apenas 0,08% de conversão.
Importância de diversificar portfólio
Para empresas que desejam aumentar o tráfego e as conversões, Ivo recomenda a diversificação entre todos os canais de mídia. O email marketing, por exemplo, que é responsável por apenas 4% das visitas possui a maior taxa de conversão, de 1,8%. “É preciso avaliar, no momento de definir a estratégia de tráfego, os canais que trazem mais tráfego e os que possuem a maior taxa de conversão”, afirma Rafael Medeiros, diretor de performance da Conversion.
Valor Médio dos Pedidos
Outro dado relevante da pesquisa é o valor médio dos pedidos (ticket médio) de cada um dos canais de tráfego. O “Display”, que são banners e links publicitários exibidos em outros sites, possui um ticket médio de R$376, enquanto em sites de referência esse número é de R$344 e no tráfego direto, R$316. A busca orgânica, responsável maior pelas vendas, possui um ticket médio de R$282, enquanto os programas de afiliados, o último colocado, de apenas R$119.
E as redes sociais?
Segundo a pesquisa, as redes sociais são responsáveis por apenas 2,6% do tráfego dos sites, número muito próximo de sua participação na receita (2,16%). Entretanto, segundo Hugo Collier, diretor de marketing da Conversion, empresa responsável pela pesquisa, as companhias não devem temer o investimento nas redes sociais. “As redes sociais são um canal de comunicação com os clientes e o mais importante é interagir corretamente”, garante Collier.