A Amazon anunciou nesta terça-feira (28) o corte de 14 mil cargos em sua área corporativa como parte de um processo de reestruturação global. Segundo a vice-presidente sênior de Pessoas, Experiência e Tecnologia, Beth Galetti, o objetivo é tornar a empresa mais ágil e eficiente.
“Precisamos estar organizados de forma mais enxuta, com menos camadas e mais responsabilidade, para nos mover o mais rápido possível”, afirmou a executiva.
Galetti destacou ainda que a inteligência artificial tem permitido às empresas inovar em um ritmo sem precedentes. A companhia informou que a maioria dos funcionários afetados terá 90 dias para buscar novas posições internamente antes do desligamento definitivo.
A Amazon tem intensificado seus investimentos em automação e uso de IA em diversas áreas, como logística, atendimento e segurança. A reestruturação busca alinhar a operação a um modelo mais leve e responsivo, em que dados e tecnologia passam a sustentar boa parte das decisões e processos.
Falha recente na AWS expõe dependência global da nuvem da Amazon
O anúncio ocorre dias após uma falha na Amazon Web Services (AWS), a divisão de computação em nuvem da companhia, que afetou grandes varejistas, companhias aéreas, plataformas financeiras e redes sociais.
A instabilidade, registrada em 20 de outubro, tirou do ar serviços como Facebook, Snapchat, Coinbase, Robinhood, Venmo e Slack. A companhia aérea United Airlines, o buscador de IA Perplexity e jogos como Fortnite e Roblox também foram impactados.
A AWS fornece infraestrutura digital para milhões de sites e aplicativos, oferecendo servidores, capacidade de processamento e armazenamento em nuvem. Por isso, qualquer instabilidade em seus sistemas gera reflexos amplos na internet global.
Contexto de transformação
Os cortes sinalizam uma nova fase na estratégia da Amazon, que busca equilibrar eficiência operacional, inovação tecnológica e competitividade em um cenário cada vez mais orientado pela inteligência artificial e pelos serviços em nuvem.
A empresa não detalhou quando as demissões serão concluídas, mas reforçou que continuará investindo em áreas estratégicas com maior potencial de crescimento, especialmente IA, logística e nuvem.