Falar em influenciador nos dias atuais parece ser um toque de Midas. Ou seja, é só colocá-lo no processo de vendas e o resultado vai aparecer naturalmente. É comum vermos isso acontecer, porque as empresas — principalmente as que estão reforçando suas vendas por meio do e-commerce — entendem que essa é uma estratégia recorrente.
A verdade é que pode acontecer, sim, mas exige-se um planejamento profundo para entender o perfil do influenciador — se é adequado ao produto e, claro, o tipo de conteúdo que será produzido. Isso significa dizer que existe todo um processo a ser definido e seguido para o influenciador representar um sucesso de vendas.
De todo modo, vou me ater neste artigo às figuras dos influenciadores. A primeira situação que precisa ser levada em consideração é que ao se falar em influenciadores, automaticamente, em razão da mídia existente, relaciona-se à palavra a apenas celebridades digitais ou que estão sempre presentes nos meios de comunicação. Atores, atrizes, cantores, entre outros, estão no topo dessa cadeia.
Dentro desse processo é extremamente importante entender que quando o assunto é marketing de influência temos que ter a noção de que existem vários tipos de influenciadores. Assim é preciso saber que existem os nanos influenciadores, os micros influenciadores, os macros e os megas. Eles também podem ser classificados por categoria. Existem os que transitam pelo mundo das celebridades; os de gastronomia; os de moda; de comportamento; e assim por diante. Outros são vistos como autoridades em algum assunto, como por exemplo marketing digital, vendas etc.
Desse modo, a primeira questão que você — proprietário(a) de e-commerce que deseja formar parceria com influenciadores — precisa entender é o grau de engajamento desse influenciador e a identificação com a sua marca. Por vezes, um nano ou micro influenciador, que geralmente são mais nichados, contam com um alcance menor se comparado com os macros. Entretanto, possuem um grande grau de engajamento porque são eficientes e também porque o Instagram, por exemplo, oferece um maior alcance para quem tem menos seguidores — em relação aos quem têm um número maior de seguidores.
Ok. Então não preciso contratar um macro ou mega influenciador para divulgar meu e-commerce e, como consequência, meus produtos? Não é bem assim. Como diz o ditado, sempre existe o sapato certo para o pé descalço. Essa definição é complexa. Se o e-commerce tem atuação nacional e atende o Brasil inteiro, os macros e megas são ideais. Por outro lado, nanos e micros, por vezes, são mais limitados e fortes em determinadas regiões.
De qualquer modo, a grande preocupação do empresário tem que ser escolher aquele influenciador que tem o perfil da marca. Dessa forma, consegue alinhar propósitos e evitar situações que evidenciam que o influenciador está anunciando simplesmente porque recebeu para isso.
A mensagem tem que se adequar à realidade do produto anunciado, para mostrar que existe de fato identificação entre a marca, o influenciador e (claro) os seguidores. Tem que entregar um conteúdo de qualidade.
Portanto, fica a lição de que é preciso mapear com extremo cuidado — diria até que cirurgicamente — o influenciador que se deseja atrelar à marca. Saber se está adequado ao segmento, quais os tipos de conteúdo que costuma produzir e, principalmente, como reagem os seguidores. Tudo isso diretamente atrelado aos objetivos do e-commerce.