Em meio à exploração de novos mercados na América Latina, a Shein volta à Índia após cinco anos banida pelo governo local. A retomada acontece por meio de acordo com a Reliance Retail, empresa indiana que fechou um licenciamento para vender produtos fabricados e adquiridos pela varejista chinesa no país.

A informação, ainda não oficializada pelos canais oficiais das marcas, veio de um porta-voz da Reliance Retail que não se identificou. Além disso, o retorno da varejista chinesa de moda acontece com termos rigorosos relacionados aos motivos do banimento. Um deles envole os dados dos usuários indianos, que nesta nova fase devem ser salvos dentro da Índia e sem “posse” da Shein.
A plataforma voltou a operar no país na última sexta-feira (31) à noite e já chegou a mais de 10 mil downloads. Os produtos de moda estão à venda por 199 rúpias — equivalente a US$ 2,30.
No primeiro momento em seu retorno, a Shein entregará nas cidades de Déli, Mumbai e Bengaluru. O objetivo a curto prazo é oferecer seu serviço para toda a Índia, segundo notificação enviada aos consumidores por meio do aplicativo.
Antes de ser impedida de operar na Índia, a Shein era um grande sucesso com o público, principalmente pelo conceito de acessibilidade à moda com preços mais acessíveis que a concorrência.
Estratégia
De acordo com especialistas na região, com a Shein India, a Reliance Retail pode diversificar a distribuição de seus produtos. Hoje, a comercialização de marcas internacionais dentro da companhia acontece por meio da Ajio.
Na prática, segundo representante da Reliance Retail, a empresa da China usará a Índia como uma “fonte de suprimentos para suas operações globais”. Além disso, os fabricantes de vestuário indianos serão treinados para que a exportação de têxteis e vestuários do país cresça a partir desta parceria.
Banimento
O retorno da Shein por meio do acordo com a Reliance Retail é uma rara exceção, já que, nos mesmos cinco anos, mais de 200 aplicativos chineses foram impedidos de atuar na Índia. Em 2020, junto com a Shein, o TikTok estava na lista de plataformas banidas — e permanece até hoje.
Outro fator alegado por autoridades indianas à época foi que os aplicativos chineses “roubavam e transmitiam dados dos usuários secretamente e sem autorização”.
*Com informações da BBC