A senadora Elizabeth Warren pediu à Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) uma revisão meticulosa da aquisição do estúdio cinematográfico de Hollywood MGM pela Amazon, no mês de maio.
Para a senadora, o acordo pode prejudicar os consumidores, além de ter efeitos anticompetitivos no meio do streaming e fora. O negócio movimentará, de acordo com o The Wall Street Journal, quase US$ 8,5 bilhões (cerca de R$ 42,25 bilhões).
De acordo com informações do Olhar Digital, Warren enviou uma carta a Lina Khan, presidente da FTC, publicada pelo site The Verge. A senadora pediu que o órgão examine de modo específico e cuidadoso também os impactos em produtos de entretenimento.
“Além dos impactos mais amplos que esta transação pode ter sobre os trabalhadores, pequenas empresas e a concorrência em geral, uma vez que a Amazon – que já domina vários mercados – acelera seu comportamento monopolista agressivo”, diz o texto da senadora.
A FTC, por sua vez, revisa o acordo como parte de uma investigação antitruste dos negócios da empresa de Jeff Bezos. Para persuadir a comissão a examinar tudo com mais minúcia, Elizabeth Warren citou a Seção 7 da Lei Antitruste Clayton.
Ainda segundo a publicação, a legislação destacada pela senadora impede fusões cujos resultados podem “reduzir substancialmente a concorrência ou tender a criar um monopólio”. O argumento dela é que o grande impacto econômico da Amazon beneficia o serviço de streaming Prime Video fortalecendo sua posição no mercado.
Quando a Amazon anunciou que havia fechado o acordo para adquirir o estúdio de cinema, o vice-presidente sênior da Prime Video e Amazon Studios, Mike Hopkins, disse que a empresa se interessou pela MGM por ser um “tesouro” para o catálogo que planejam construir com a equipe do estúdio.
Porém, Warren parece não se convencer disso. A senadora escreveu que a tática usada pela Amazon, ao operar com prejuízo financeiro e preços baixos para acumular clientes e capturar o mercado, já funcionou antes. “A FTC deve determinar se essa aquisição é uma estratégia de entretenimento ou apenas mais um passo em direção à monopolização irrestrita”, completou.
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Fonte: Olhar Digital, com The Verge