As recusas indevidas na etapa de autorização ainda são um dos principais fatores de queda nas taxas de aprovação no e-commerce. Antes mesmo de o pedido passar por qualquer análise do e-commerce, é o banco quem decide se a transação pode seguir e, muitas vezes, diante de dados limitados, bons clientes acabam sendo barrados.

Quando a autorização falha, a conversão cai, há fricção na experiência do cliente e a receita não chega a existir. Entender essa relação e otimizar o fluxo de pré-autorização se tornou essencial para converter vendas e reduzir perdas.
O que é uma autorização de transação no e-commerce?
A autorização acontece quando o banco aprova o pagamento após o cliente clicar em “pagar”. O pedido passa pelo gateway de pagamento e pela rede do cartão até o banco emissor, que vai confirmar informações básicas, como:
- Validade do cartão;
- Saldo disponível;
- Possíveis alertas de fraude.
Se tudo estiver certo, o banco reserva temporariamente os fundos e envia um código de autorização. Caso contrário, a transação é recusada.
Exemplo: um cliente tenta comprar uma bolsa de R$ 7.000, mas tem apenas R$ 4.500 disponíveis. O banco recusa o pagamento e o código de autorização não é emitido.
O que é uma aprovação de transação no e-commerce?
A aprovação ocorre após o banco autorizar o pedido. Nesse ponto, o e-commerce faz uma análise mais profunda, avaliando dados como endereço, histórico de compras, dispositivo e localização.
Se o pedido passar pela sua análise e pelas verificações da sua solução antifraude, o lojista o aprova, processa a compra e captura os fundos. Se o lojista cancelar a transação ou perder o prazo de captura, a pré-autorização expira e os fundos retornam ao cliente.
Exemplo: um cliente compra um tênis de R$ 800. O banco autoriza e o sistema antifraude avalia o risco. Se não houver indícios suspeitos, o pedido é aprovado.
Diferença entre autorização e aprovação no e-commerce
A autorização é a decisão do banco sobre se a transação pode ocorrer, com base em dados primordiais de pagamento. Já a aprovação é a decisão – e responsabilidade — do e-commerce sobre se ela deve ocorrer, considerando fatores mais amplos, como risco e comportamento do cliente.
Como os bancos têm acesso limitado a dados, podem acabar recusando bons clientes — os chamados falsos positivos — ou aprovar compras fraudulentas. Nesses casos, é o varejista quem arca com perdas de receita, tanto pelo cliente recusado injustamente quanto pelos prejuízos por fraudes, incluindo custos adicionais, como logística reversa e produtos danificados que não podem ser revendidos.
A solução está em enriquecer a pré-autorização com dados que deem ao emissor mais contexto sobre aquela compra. Quando o banco recebe informações claras e consistentes sobre o consumidor e o comportamento da transação, ele consegue distinguir melhor compras legítimas de tentativas de fraude. E isso se traduz diretamente em taxas de autorização mais altas. Consequentemente, isso aumenta também as taxas de aprovação. A comparação é a seguinte:
Aprovação no e-commerce
- Quem decide: o e-commerce.
- O que acontece: o e-commerce decide se deseja ou não receber o pagamento e atender ao pedido.
- Fatores de decisão: sinais mais profundos de fraude, risco e controles operacionais internos.
- Quando acontece: após a autorização bancária.
- Responsabilidade: o e-commerce assume após a autorização.
- Resultado da decisão: aprovar, recusar ou marcar para revisão manual.
- Impacto para o varejista: afeta diretamente a conversão, perdas por fraude e experiência do cliente.
Autorização no e-commerce
- Quem decide: o banco emissor do cartão.
- O que acontece: o banco autoriza ou recusa a transação; se autorizada, os fundos são temporariamente retidos e um código é enviado ao e-commerce.
- Fatores de decisão: resultados básicos da verificação de fraudes, validade do cartão e saldo disponível.
- Quando acontece: logo após o pedido ser enviado ao banco.
- Responsabilidade: o banco assume até o momento da autorização.
- Resultado da decisão: código de autorização (se aprovado) ou recusa.
- Impacto para o varejista: recusas indevidas (falsos negativos) podem bloquear bons clientes.
Como medir resultados relacionados a taxa de autorização no e-commerce?
A taxa de autorização representa o percentual de transações aprovadas pelo banco. Uma boa média gira em torno de 80-85%, e um aumento de apenas 1% já pode gerar grande impacto financeiro. Um e-commerce com 250 mil pedidos mensais e ticket médio de R$ 120, por exemplo, teria um ganho de cerca de R$ 300 mil por mês apenas com essa variação.
A taxa de aprovação mostra quantas transações autorizadas são realmente concluídas. Quando baixa, pode indicar filtros de antifraude muito rígidos. Já a taxa de chargeback representa o volume de fraudes que passaram pelo sistema. Um índice alto sugere riscos e perdas; um índice excessivamente baixo pode significar que o filtro antifraude está tão restritivo que reduz a conversão ao recusar compradores legítimos.
Como os processos tradicionais de autorização bancária impactam o e-commerce
Bancos tomam decisões rápidas, mas com dados limitados, o que pode gerar recusas indevidas ou autorizações de fraudes sofisticadas que passam batido sem uma análise aprofundada. Além disso, até mesmo as transações fraudulentas geram custos de autorização para o e-commerce.
Estima-se que 15% dos pedidos online sejam recusados por engano. E, por serem mais arriscadas, transações sem cartão presente têm taxas de autorização até 10 pontos percentuais menores que as presenciais. Isso é dinheiro deixado sobre a mesa.
Como um fluxo de pré-autorização ajuda
Implementar uma ferramenta antifraude inteligente em um fluxo de pré-autorização funciona como uma ponte entre o banco e o e-commerce. Antes de enviar o pedido ao emissor, o antifraude fornece uma camada de otimização de pagamentos, enriquecendo os dados com informações de comportamento, histórico e contexto utilizadas na análise antifraude.
Isso permite bloquear fraudes desde o início e enviar aos bancos unicamente tráfego limpo e enriquecido de transações, reduzindo custos, aumentando a confiança dos bancos sobre aquelas compras online e protegendo a experiência do cliente contra recusas injustificadas.
Assim, o fluxo se torna mais eficiente, as taxas de autorização e aprovação sobem e a receita legítima do e-commerce é preservada. A capacidade de enriquecer dados antes do envio ao banco é o que diferencia operações de alta performance — e é nesse ponto que a tecnologia faz a maior diferença.
Transformando autorizações em aprovações com tecnologia antifraude
Cada pedido online aprovado ou recusado conta sua própria história — e ela se centra nas escolhas feitas no checkout. São escolhas que podem adicionar fricção e taxas, permitir que fraudadores passem despercebidos ou abrir a porta para mais bons clientes e mais receita.
A Signifyd atua justamente nesse ponto crítico da jornada onde pequenas melhorias geram grandes ganhos de receita. Oferecendo a flexibilidade inestimável de uma implementação em fluxo a pré-autorização, com a solução de Otimização da Taxa de Autorização, é possível filtrar fraudes logo no início, enviar um tráfego mais limpo para os bancos e dar aos emissores a confiança necessária para aumentar as taxas de autorização em 3%, em média.
Um caso de sucesso no Brasil é com a Zee.Dog, cujo desafio era aumentar as taxas de aprovação e eliminar as perdas por chargebacks, enquanto operava com respostas rápidas e expandia sua operação.
Com a plataforma da Signifyd em um fluxo de pré-autorização, combinado com a Proteção Garantida Contra Fraudes, a Zee.Dog e Zee.Now aumentaram a aprovação de pedidos, com confirmações de pedidos em 1 segundo, sem perdas por chargebacks fraudulentos.
Soluções como as da Signifyd mostram que a otimização de pagamentos não é apenas sobre aprovar pedidos, e sim sobre proteger receita e garantir escala.