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7 dicas de Neil Patel para aplicar o Marketing Digital no seu e-commerce e melhorar as vendas

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Neil Patel com certeza é uma figura relevante quando o assunto é Marketing Digital. O especialista é um dos maiores influenciadores de opinião sobre o assunto e figurinha carimbada para os profissionais do e-commerce que querem ter um bom alcance online.

O especialista palestrou no Fórum E-Commerce Brasil – Global Edition e forneceu 7 preciosas dicas para quem quer começar a colocar o marketing digital em prática. “Muitas empresas já estão fazendo dinheiro online, mas ainda há muito espaço para lucrar”, explica Patel.

Gustavo Bacchin, apresentador evento, e Neil Patel em palestra online.

1. Produza conteúdo

Neil Patel assumidamente não gasta dinheiro com ads, ou seja, anúncios pagos. Seu site sobre o tema é um dos mais acessados, sem 100% do tráfego orgânico. Como? Segundo ele, com relevância. Ele usa recursos de indexação como o SEO — Search Engine Optimization (otimização para motores de busca, em português) —, além de ferramentas do Google e das redes sociais para dar visibilidade aos conteúdos postados.

Outro aliado poderoso é o uso de palavras-chave e existem ferramentas digitais que mostram a relevância delas de acordo com o tema proposto. “Você não precisa pagar ninguém para ter resultados”, diz Patel.

2. Estruture sua pirâmide de conversões

Patel explica que apenas uma pequena porcentagem dos visitantes realmente geram conversão em um e-commerce. Dessa forma, quanto mais acessos, maior a chance de ser visto por um potencial cliente. A pirâmide de conversão se baseia em afunilar os potenciais consumidores em leads qualificados e então em consumidores. O próximo passo é convencer seu consumidor a comprar com a sua loja novamente.

O especialista forneceu a seguinte conta baseada na quantidade de visitantes de um site e probabilidade de conversão a partir deles. Sendo assim, as técnicas de indexação vistas no item anterior se tornam um fator relevante na soma total.

3. Diminua o custo do produto melhorando sua apresentação

Para Neil Patel, a página de vendas de um produto deve ter os seguintes elementos:

  • Logo da empresa/marca;
  • Contato (telefone/chat);
  • Descrição detalhada do produto;
  • Fotos em boa qualidade e em diferentes ângulos e usos;
  • Avaliações de outros consumidores;
  • Preço e call to action (botão chamando atenção para compra);
  • Garantia de entrega e segurança (principalmente em tempos de pandemia).

Além disso, é preciso trabalhar em uma meta-descrição do produto, que não fica exposta em sua página, mas é importante para a indexação no Google. O título da meta-descrição deve conter até 60 caracteres e descrição de fato até 120. Quanto mais assertivos, mais chances de conquistar um visitante.

Patel explica que na maior parte das vezes uma compra não é efetuada online porque o varejista não respondeu ao cliente de forma clara todas as suas dúvidas sobre a compra.

4. Aposte no visual

Patel explica ainda que, para os humanos, 90% das informações são processadas de maneira visual. “Então você quer ser visto online!”, diz o especialista. Além disso, as pessoas respondem até 60 mil vezes mais rápido à um estímulo visual do que textual.

A dica é investir em boas fotos, vídeos e até gifs dos produtos para suprir a falta de contato físico do consumidor com ele. “Permita que as pessoas deem zoom”, orienta ele.

5. Garanta a rapidez do seu site

“A rapidez ajuda muito na hora da conversão”, diz Neil Patel. Ele explica que “quanto mais rápido seu site carregar melhor”. Para tal, vale a pena investir em alguns recursos, como plataformas e servidores específicos para esta necessidade. Além disso, alguns truques simples, como comprimir as imagens em alta ajudam a manter a qualidade e melhoram o carregamento da página.

6. Use a lógica… e a emoção!

Por último, mas não menos importante, Patel explica que alguns consumidores, como ele, são movidos puramente pela lógica. Neste caso, é preciso convencer o visitante de que o seu produto lhe agregará algum valor ou benefício.

Em outros casos, porém, os consumidores são movidos por emoções e precisam identificar na sua proposta de venda alguma conexão com as suas necessidades.

Na dúvida, defende Patel, explore as duas técnicas. No fim das contas, o recurso de storytelling deve ser aplicado para que o produto seja descrito de maneira a criar uma necessidade no consumidor. “Convença o seu cliente que o seu produto tem qualidades e lhe trará benefícios”, conclui Patel.

Ainda dentro deste cenário, é possível usar as emoções do consumidor para criar um senso de urgência e valorizar a opinião dos que já compraram no seu site. No primeiro caso, é possível oferecer algum valor ou vantagem exclusivos para quem comprar até determinado horário. No segundo, valorize a opinião dos consumidores, pedindo avaliações e expondo-as nas páginas dos produtos: “pessoas confiam em pessoas, assistem vídeos de unboxing e leem comentários”, diz Patel.

Além disso, 95% dos consumidores olham as avaliações antes de comprar online e 41% estão mais dispostos a comprar de marcas que não conhecem caso os reviews sejam positivos.

7. Aproveite os recursos persuasivos à sua disposição

Neil Patel comentou também sobre a importância de recursos persuasivos, como palavras posicionadas nos descritivos dos produtos que melhoram a forma como consumidor encara a possibilidade de compra.

Abaixo alguns exemplos em inglês, mas que podem ser aproveitados e traduzidos no Brasil:

Botões com call to action são ótimos gatilhos para finalizar a compra. Em e-commerces de língua inglesa, “add to cart” (adicionar ao carrinho), é que tem o melhor desempenho. Mas, de acordo com Patel, explorar a presença de um desses na página já é um divisor de águas na conversão.

Outro recurso persuasivo relevante são e-mails marketing e avisos para que o consumidor recupere seu carrinho abandonado. Uma mensagem amigável avisando que os produtos ainda estão disponíveis pode fazer diferença na conversão. Se não funcionar, Patel recomenda que oferecer descontos ou vantagens pode ajudar.

“Veja o que é popular e o que as empresas estão fazendo e dando certo na internet. Não copie, mas se inspire”, conclui Patel.

Leia também: Segundo editora de inovação da Vogue, “a moda será digital, sustentável e criativa”.

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Por Júlia Rondinelli, da redação E-Commerce Brasil.