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Manus AI aposta em inteligência autônoma para transformar tecnologia em ação prática

Por: Alice Lopes

Jornalista no E-Commerce Brasil

Jornalista no E-commerce Brasil, graduada pela Universidade Nove de Julho e apaixonada por comunicação.

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Transformar inteligência em resultados reais foi o foco da palestra de Fangzhou Chen, executiva de negócios e estratégia da Manus AI, durante o StartSe AI Festival, realizado nesta quinta-feira (16). Criado em março de 2025, o agente chinês de inteligência artificial tem como propósito executar tarefas complexas de forma autônoma, convertendo a tecnologia em soluções concretas.

Palestra Manus IA StartSe festival
(Imagem: reprodução/StartSe AI Festival)

Logo após o lançamento, o Manus AI alcançou 3 milhões de usuários no Windows e construiu uma comunidade ativa em mais de 190 países. Atualmente, cerca de 30% dessa base é formada por brasileiros, segundo Chen.

Da inteligência à solução

Durante a apresentação, a executiva ressaltou que a popularidade da ferramenta está ligada à sua capacidade de tornar a IA algo prático e acessível.

“A maioria das pessoas não se importa com o código. O que importa é que o problema seja resolvido. A inteligência deve ser o produto, não a ferramenta em si”, afirmou.

Para Chen, o grande desafio da atual fase da inteligência artificial é justamente essa transição, da fascinação tecnológica para o uso cotidiano. A IA, segundo ela, deve deixar de ser vista como um fim e se consolidar como um meio para impulsionar a eficiência humana.

Inteligência autônoma e experiência do usuário

O Manus AI foi desenvolvido para operar de forma independente na nuvem, liberando o usuário de tarefas repetitivas e da necessidade de intervenção constante.

“Cada tarefa no Manus é atribuída a uma máquina virtual controlada por nós. Assim, qualquer erro na nuvem não prejudica o computador do usuário”, explicou a executiva.

Esse modelo de autonomia, segundo Chen, representa uma mudança importante no modo como as pessoas se relacionam com a tecnologia. Enquanto outras ferramentas dependem de comandos manuais, o Manus executa atividades de forma contínua, adaptando-se às necessidades do usuário e aprendendo com cada interação.

Você pode continuar seu trabalho, conversar com colegas, responder e-mails ou assistir a vídeos, enquanto a IA executa tarefas em seu próprio ambiente na nuvem”, destacou.

O futuro da inteligência prática

A executiva defende que a próxima fronteira da IA está menos na geração de conteúdo e mais na capacidade de agir. Para ela, o verdadeiro valor da tecnologia está em resolver problemas reais de forma autônoma e segura.

“O Manus nasceu dessa ideia: não apenas pensar, mas agir. Inteligência artificial é sobre transformação, não sobre complexidade”, disse Chen.

Com apenas sete meses de existência, a empresa acredita estar no início de uma jornada de aprendizado contínuo, em que o diálogo entre usuários e tecnologia será determinante para moldar o futuro da automação inteligente.

“Nosso foco é continuar aprendendo com os usuários e evoluindo a plataforma. A inteligência artificial só faz sentido quando gera impacto real”, concluiu.