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A escalada dos pandas: lojas virtuais chinesas ganham espaço no Brasil

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

No Facebook, há dezenas de comunidades povoadas de brasileiros que trocam dicas de ofertas e produtos. Não se trata exatamente de uma boa notícia para o e-commerce nacional, que movimentou R$ 28 bilhões em 2013, de acordo com dados preliminares da consultoria e-bit. Atualmente, quase três milhões de brasileiros fazem compras em sites no Exterior. Metade deles escolhe uma operação virtual da China, de acordo com pesquisa da empresa de pagamentos eletrônicos PayPal. É pouco, comparado com os 50 milhões de internautas que compram online no Brasil, mas tem crescido – sem trocadilhos – em ritmo chinês.

Os Correios dão uma pista dessa expansão. De 2011 para 2012, houve um crescimento de 47% no volume de encomendas vindas da China. No ano passado, o salto foi de 87% na comparação com o período anterior. A invasão dos sites de comércio eletrônico da terra dos pandas é capitaneada pelo site AliExpress, do grupo Alibaba, que já tem página em português do Brasil. Descrito comumente como “a Amazon da China”, a companhia fundada pelo empresário Jack Ma, em 1999, é um pouco diferente da americana fundada por Jeff Bezos. O AliExpress é um shopping virtual usado por diversas empresas que se propõem a vender para consumidores toda sorte de produtos por preço de atacado, de tablets a clipes de papel.

Além dos grandes sites, empresas chinesas passam a oferecer o chamado dropshipping ao Brasil. Em resumo: elas montam uma loja em português e cuidam do estoque e da entrega para os consumidores brasileiros. “Quem entender que deve colocar a China do seu lado vai ter um ano próspero”, afirma Lincoln Fracari, brasileiro que fundou, em Shenzen, a China Link Trading, empresa que oferece dropshipping ao Brasil. O plano de Fracari é lançar uma plataforma fácil de montar para que os lojistas brasileiros possam vender produtos chineses a partir de fevereiro deste ano – basta “ticar um produto para ele constar na loja”, nas palavras de Fracari.

Com mais informações: IstoéDinheiro