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E-commerce é aliado na digitalização e prosperidade da indústria, afirmam executivos

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

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A transformação no mercado é constante. Não existe mercado sem transformação. Foi sobre isso o painel central da manhã de palestras do Congresso Indústria Digital, evento realizado pelo E-Commerce Brasil hoje em São Paulo.

Hoje, é impossível falar sobre e-commerce sem citar a Indústria, que muitas vezes está por trás de grandes marcas já muito conhecidas e consolidadas para os consumidores, mas escondidas nos bastidores da produção.

Essa realidade traz à tona o desafio do dia a dia: como tornar essas indústrias conhecidas e competitivas, valorizando as marcas e mantendo o DNA de produção e qualidade.

Executivos falam sobre digitalização da indústria no Brasil/Imagem: Carol Guasti

O papel do e-commerce

Henrique Cavalhieri, e-commerce senior manager for LATAM da Hach, expôs a importância de aproveitar o cliente para usar o e-commerce no B2B. “Estamos lidando com adultos que precisam desaprender os processos antigos e encontrar novas formas de resolver suas dores e necessidades a partir do ambiente digital”, explica.

Nada disso é possível sem pessoas, os “multiplicadores”, aqueles que adotam a novidade e, com a ajuda do time comercial, passam a usar o e-commerce de forma pioneira no setor.

“Pode parecer contraproducente que o time comercial precise apresentar o site e educar o uso no B2B, mas essa é porta de entrada para uma indústria mais digital”, completa.

De acordo com o executivo, o e-commerce não precisa realizar tudo e oferecer todas as respostas e resultados para a empresa. Ele é apenas uma das frentes de contato. “Você precisa ter clareza do papel do e-commerce no esquema tático da companhia, o que auxilia na lealdade, capacitação de clientes e branding da companhia”, alega. “Em alguns momentos, o cliente vai te achar pelo online, em outros vai precisar de um representante, um canal precisa ser complementar ao outro e não excludente”.

A identidade das marcas

Para Iza Antunes Lascalla, Gerente de E-commerce da ASSA ABLOY Brazil, existe um processo anterior à digitalização que envolve o respeito pelas marcas e seus posicionamentos, inclusive sobre o desejo de estar online ou não.

“Existem produtos que são muito mais apelativos para o mundo físico e outros que entram na especificidade de algumas áreas, como construção civil”, ela explica. “Uma barra de segurança em uma porta como a do auditório é relevante para construtoras e engenheiros, mas não conseguimos vender online, mas uma fechadura eletrônica, por exemplo, pode ser facilmente comprada pelo cliente final em um e-commerce”.

Por fim, ela entende que o e-commerce permite ter uma visão 360º da atuação da indústria, visando atualização de portfólio e novas estratégias, que podem ou não ser aplicadas ao ambiente digital. Algumas soluções online, inclusive, são usadas para aprimorar a atividade física e vice versa.

Confiança no processo de digitalização

Luiz Barreto Bisneto, Head of Revenue Management da M. Dias Branco, completou que existe uma necessidade de desmistificar a digitalização indústrial para compreender o cenário brasileiro: “a transformação digital não é um monstro gigante que entra pela janela e vem derrubando todos os processos já estabelecidos, mas uma onda feita por pequenas mudanças que permeiam pouco a pouco todas as áreas da companhia de forma bem gradativa”.

Neste cenário, os dados são essenciais para compreender se há competitividade e precificação adequada de acordo com o canal. Ter uma visão clara do portfólio correto e qual a estratégia de integração é primordial para conectar o modelo de acordo com o canal e a plataforma.

Por trás das marcas

A Hach é especializada no desenvolvimento e fornecimento de soluções para análise e monitoramento da qualidade da água. A empresa oferece instrumentos, reagentes e serviços, atendendo a setores como saneamento, água potável, alimentos, bebidas e energia, com foco em garantir a precisão e a confiabilidade dos resultados das medições.

A ASSA ABLOY Brasil, subsidiária de um grupo sueco multinacional, atua no país desde 2001. A empresa é líder mundial em soluções de segurança e abertura de portas, oferecendo um vasto portfólio de produtos para diversos setores, com marcas renomadas como Yale, La Fonte, Papaiz, Silvana e Udinese.

A M. Dias Branco é uma multinacional brasileira do setor alimentício, destacando-se como líder nacional na produção de massas e biscoitos. A empresa detém marcas reconhecidas como Piraquê, Adria, Vitarella e Isabela, e seu portfólio de produtos abrange massas, biscoitos, farinhas, margarinas e bolos.