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E-commerce do México se prepara para nova realidade com governo de Trump

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado digital desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

O novo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impactará diretamente a economia não só do país, mas de todo o mundo, principalmente os seus vizinhos mais próximos.

Matteo Ceurvels, Analista Principal da eMarketer para a América Latina & Espanha, explicou como a tarifa de 25% dos EUA sobre as importações mexicanas e canadenses podem ameaçar três décadas de integração comercial. Consequentemente, as novas políticas públicas de importação serão responsáveis por desacelerar o crescimento das empresas mexicanas. As tarifas foram anunciadas neste fim de semana, mas acordos políticos podem reduzir os efeitos.

Gráfico da eMarketer mostra evolução do comércio eletrônico no México por ano.
Gráfico da eMarketer mostra evolução do comércio eletrônico no México por ano.

“Projetamos que as vendas no varejo do México crescerá 3,3% este ano para US$ 404,83 bilhões—abaixo da nossa previsão anterior de 4,5%. No entanto, o impacto nas vendas de comércio eletrônico será de curta duração, pois as empresas privadas se adaptarão às novas realidades da administração Trump 2.0″, pontuou o executivo.

Além disso, citando Claudia Sheinbaum, presidente do México, Ceurvels explica que os próximos anos de governo norte-americano serão um grande desafio político para o governo mexicano, pela necessidade de “equilibrar os interesses das principais indústrias e dos consumidores mexicanos”.

Equilíbrio político

Visando minimizar os danos que as tarifas de importação causarião à economia mexicana, Sheinbaum firmou um acordo com o presidente Trump na manhã desta segunda-feira, 3 de fevereiro, pelo menos durante o próximo mês.

Em contrapartida, o México reforçará a fronteira com os EUA com 10 mil membros da Guarda Nacional visando impedir o tráfico de drogas entre os países. Os EUA, por sua vez, devem trabalhar mais amplamente para impedir o tráfico de armas para o México.

Sheinbaum não descarta, no entanto, a imposição de tarifas para os Estados Unidos como resposta política e econômica.