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Seis lições essenciais para PMEs que querem evoluir no e-commerce

Por: Matheus Manssur

Superintendente Comercial

Como Superintendente Comercial à frente de grandes contas do varejo, impulsiona novos negócios e expande a presença da empresa no Brasil e no exterior. Com formação em Estatística pela UNICAMP, especializações em Administração e Marketing, e um MBA em Negócios pela FGV, ele acumula mais de 14 anos de experiência em pesquisa, comunicação e gestão estratégica. Essa trajetória sólida permite que ele tenha uma visão de negócio diferenciada, contribuindo para o desenvolvimento de soluções inovadoras e eficazes tanto na prevenção à fraude quanto no fortalecimento do relacionamento com o consumidor.

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O VTEX Day 2025 reuniu os maiores nomes do varejo e da tecnologia da América Latina em um evento que foi muito além das tendências: ele entregou caminhos concretos para o crescimento sustentável no e-commerce. Para as PMEs, com estruturas mais enxutas, foco em nichos e desafios de escala, o evento funcionou como um mapa para crescer com inteligência, sem perder autenticidade.

Pessoas preparam encomendas em um pequeno negócio de e-commerce, com caixas, notebook e materiais de embalagem sobre a mesa.
Imagem: Envato.

A seguir, compartilho os principais insights que merecem atenção:

1. Personalização deixou de ser diferencial, virou expectativa

O consumidor não busca apenas praticidade: ele quer se sentir visto. Durante o evento, a personalização foi debatida como ponto central das jornadas de compra. Dados bem utilizados são aliados poderosos para criar experiências mais humanas e memoráveis.

    As PMEs têm uma vantagem: a proximidade com o público permite criar conexões reais. Mais do que audiência, o momento pede comunidades fiéis e engajadas.

    2. IA: mais do que modismo, uma alavanca de eficiência

    A inteligência artificial dominou os debates. De assistentes de compra a modelos preditivos, o potencial é enorme, mas depende de estratégia e dados bem estruturados.

      Para negócios menores, é hora de explorar soluções acessíveis: IA para atendimento, segmentação automatizada e melhoria de cadastros de produto. A adoção começa simples, mas com impacto direto em performance e experiência.

      3. D2C e marketplaces: o equilíbrio estratégico

      Enquanto os marketplaces seguem fortes, o modelo D2C (direct-to-consumer) ganha força, especialmente entre marcas que desejam controlar dados e relacionamento com o cliente.

        Para as PMEs, o recado foi claro: escale nos marketplaces, mas cultive sua própria base. Ter canais diretos ajuda a fidelizar, personalizar ofertas e reduzir dependência de plataformas externas.

        4. Logística: da dor à oportunidade de crescimento

        A logística foi tratada como um diferencial competitivo. Entregas rápidas, previsíveis e transparentes influenciam diretamente a recompra.

          Negócios de menor porte devem considerar opções como fulfillment descentralizado e parcerias regionais. Otimizar a cadeia logística impacta positivamente a experiência e o custo operacional.

          5. Antifraude: uma questão de confiança, não só de tecnologia

          Segurança digital deixou de ser pauta técnica e se tornou estratégica. Consumidores querem comprar com tranquilidade, e empresas que protegem essa jornada conquistam confiança e reputação.

            Soluções antifraude vão além da prevenção: reduzem prejuízos com chargebacks, evitam bloqueios indevidos de bons clientes e garantem decisões baseadas em inteligência comportamental. Para PMEs, em que cada venda conta, isso pode definir o sucesso do negócio.

            6. Propósito e verdade são os novos gatilhos de conversão

            A palestra de Viola Davis foi um dos momentos mais marcantes do evento. Ao falar sobre coragem, autenticidade e propósito, ela reforçou que marcas com identidade clara criam vínculos mais fortes com seus públicos.

              Mesmo pequenas operações devem contar sua história. Transparência e valores bem comunicados são diferenciais poderosos em um mercado saturado.

              O que fazer agora?

              O futuro do e-commerce está na combinação entre tecnologia e humanidade. Para as PMEs, o momento é de ação:

              – Aposte em personalização e automação com IA, mesmo em iniciativas simples.
              – Reforce sua presença nos canais certos e fortaleça o relacionamento direto.
              – Revise a logística com foco em eficiência e experiência.
              – Adote soluções antifraude que protejam e impulsionem suas vendas.
              – Posicione sua marca com autenticidade: histórias reais se destacam.

              No fim, a mensagem é clara: não é o tamanho da operação que determina o sucesso, mas sim sua capacidade de se conectar, proteger e evoluir com agilidade.