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Como o Pix surfa a onda da democratização do e-commerce

Por: Murillo Restier

Murillo Restier é diretor de Produtos Multiadquirentes da Fiserv Brasil. Carioca, formado em tecnologia e com mais de 25 anos de atuação no mercado com destaque para o setor de pagamentos, Restier já atuou nas áreas de operação, projetos, engenharia de vendas, infraestrutura, comercial e negócios e atualmente está à frente das iniciativas relacionadas às diversas modalidades de Pix na companhia. O executivo tem sólida experiência na estratégia de tecnologia para alta e baixa plataforma, micro serviços e APIs (interface de programação de aplicativos).

Poucas iniciativas mudaram o mundo dos negócios nos últimos anos como o Pix. Ele acelerou a bancarização de mais de 50 milhões de brasileiros que não utilizavam meios de pagamento eletrônicos, simplificou transferências e possibilitou mais praticidade e segurança no dia a dia, sem a necessidade de carregar dinheiro ou cartões. E isso é só o começo. Agora o Pix está mudando o cotidiano das empresas. Afinal, para o varejista, mais do que a praticidade, oferecer meios de pagamento que garantam agilidade e uma experiência de compra fluída é fundamental para manter seus clientes e atrair novos consumidores.

Foi-se o tempo em que o Pix era visto apenas como uma ferramenta para ratear uma conta de pizza com amigos ou resolver contas domésticas. O mecanismo cresceu e já supera os cartões em números de transações, segundo dados mais recentes do Banco Central (BC). Nos três últimos meses do ano passado, a instituição registrou 3,89 bilhões de transações feitas com o Pix e 3,85 bilhões com cartões. A tendência é que a diferença se expanda. E as novas modalidades e funcionalidades do Pix corroboram com essa transformação para os estabelecimentos comerciais e instituições financeiras. Além de Pix Saque e Pix Troco, que já movimentam o mercado oferecendo uma remuneração a cada transação para o varejista, esse ano a expectativa é que o Banco Central traga as novas definições para Pix parcelado, internacional, offline (sem acesso à internet), Pix Garantido e muito mais.

Entretanto, desde novembro de 2020, quando o Pix entrou em operação, mais que uma transação financeira, ele se mostrou uma ferramenta de inclusão e democratização de e-commerce. Afinal, os dados do Instituto Locomotiva do último ano indicavam que mais de 34 milhões de adultos eram desbancarizados – ou seja, pessoas que não possuem conta bancária ou utilizam com pouca frequência. Com o Pix, essa acessibilidade começa a mudar.

Registro em PSP

Além de repensar toda a jornada para os desbancarizados que agora contam com a opção do Pix para concluir uma compra, um e-commerce precisa de alguns ajustes nos bastidores para disponibilizar o Pix e o primeiro passo é se registrar em um Provedor de Serviço de Pagamento, o famoso PSP.

O PSP é uma instituição financeira reconhecida pelo Banco Central para transacionar. Além dos tradicionais bancos, as fintechs estão entrando no mercado para oferecer atendimentos com mais agilidade e tarifas diferenciadas. Dentro deste contexto, em que as vendas podem acontecer 24 horas por dia nos sete dias da semana, oferecer atendimento ao varejista com presteza pode ser um fator interessante ao escolher o seu PSP.

Um outro fator pelas quais as fintechs tem se diferenciado ao se tornarem PSPs são as taxas diferenciadas e um posicionamento mais competitivo. A Gerencianet, um dos PSPs que transaciona Pix por meio do SiTef, por exemplo, movimentou R$ 30 bilhões em 2021 e foram contabilizados mais de 1,5 bilhão de requisições aos endpoints. Sua eficiência é reconhecida pelo Banco Central, que deu nota A (nota máxima) no relatório de Índice de Qualidade de Serviço (IQS), além seguir protocolos de criptografia de dados, com garantia da proteção de informações.

Se as vendas online cresceram 27% no último ano, segundo o relatório mais atual Webshoppers, da NielsenIQIEdit, e temos esse oceano azul de desbancarizados para comprar com Pix, a Gerencianet, como fintech, quer surfar essa onda. E você? Já considerou se vai escolher uma instituição financeira tradicional ou uma fintech para atender a sua operação? Que onda você quer surfar?

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