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Algoritmos que entendem desejos, não apenas históricos

Por: Pyr Marcondes

Senior Partner Pipeline Capital

Pyr Marcondes é um dos profissionais mais experientes do marketing e da comunicação no Brasil, com mais de 40 anos de atuação no setor. Atualmente, é Senior Partner na Pipeline Capital e colunista do Propmark, além de sócio e curador da Innovation Experience. Foi fundador e CEO do Grupo M&M (Meio & Mensagem), e também ocupou cargos de liderança na Eletromidia e na MField, atuando em projetos de transformação digital, mídia e inovação. É formado em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP e possui especializações em negócios e inovação pela Singularity University e pela Harvard Business School. Ao longo da carreira, também integrou conselhos de empresas e instituições ligadas ao marketing e à pesquisa de dados, como o IBPAD.

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A IA está promovendo uma revolução silenciosa no e-commerce, transformando o setor de maneira nem sempre óbvia à primeira vista.

Pessoa segurando um celular com um holograma de inteligência artificial ao centro, cercado por ícones tecnológicos.
Imagem: Envato.

Não se trata apenas de chatbots ou recomendações básicas de produtos – estamos falando de uma mudança fundamental na forma como o consumidor descobre, avalia e adquire o que precisa.

Olhar além dos chatbots

Os sistemas de IA atuais conseguem analisar mais de 500 variáveis comportamentais para entender não apenas o que o consumidor comprou, mas por que ele comprou.

A Stitch Fix, por exemplo, combina estilistas humanos com algoritmos para criar uma experiência de compra de roupas personalizada que se aprimora com o tempo. O resultado? Clientes que se sentem compreendidos, não apenas atendidos.

Quando o Spotify cria uma playlist que parece ler nossos pensamentos ou quando a Netflix sugere um filme que acaba se tornando nosso favorito, estabelece-se um vínculo de identificação e gratidão que um algoritmo produziu.

Integração entre físico e digital

A experiência de compra está se transformando num ambiente entre o virtual e o real.

Não é o fim das lojas físicas, mas uma transformação profunda no seu propósito.

Graças à interação com IA, as lojas estão se tornando espaços de experiência e conexão, enquanto o digital assume o papel de conveniência e descoberta.

Pode parecer contraditório, mas a tecnologia está nos ajudando a criar conexões mais emocionais com a experiência de compra.