
WhatsApp planeja restaurar serviço de pagamento e integrá-lo ao PIX
Depois de se reunir com representantes do Banco Central na última quarta-feira (24), o diretor do WhatsApp, Will Cathcart, afirmou em nota que seguirá trabalhando em conjunto com seus parceiros e com as autoridades brasileiras para restaurar o serviço rapidamente.
A ferramenta de pagamento e transferência de recursos dentro do aplicativo foi anunciada de forma pioneira no Brasil neste mês, mas na terça-feira (23) o Banco Central e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) suspenderam a iniciativa, que contava com a participação da Cielo, Mastercard, Visa, do Nubank e de outras instituições financeiras.
De acordo com o BC, a decisão foi tomada para “preservar um adequado ambiente competitivo, que assegure o funcionamento de um sistema de pagamentos interoperável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato”.
A Superintendência Geral do Cade abriu procedimento administrativo para apurar os impactos do acordo que traz riscos potenciais à concorrência. Segundo análise feita pelo regulador, “a Cielo possui elevada participação no mercado nacional de credenciamento de captura de transações”, aliado aos 120 milhões de usuários do WhatsApp no Brasil, o serviço pode garantir na sua entrada um “poder de mercado significante”.
“Tal base seria de difícil criação ou replicação por concorrentes da Cielo, sobretudo se o acordo em apuração envolver exclusividade entre elas. De qualquer modo, fica evidente que a base de usuários do WhatsApp propicia um potencial muito grande de transações que a Cielo poderia explorar isoladamente, a depender da forma como a operação foi desenhada”, afirmou a Superintendência em despacho.
Com a restrição, depois de um salto de 28% de suas ações entre os dias 15 e 23 de junho, os papéis da Cielo fecharam a sessão de quarta-feira com queda de quase 13%.
