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Vale a pena vender no marketplace? Marcelo Vieira explica na Conferência Santa Catarina 2024

Por: Júlia Rondinelli

Editora-chefe da redação do E-Commerce Brasil

Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero e especialização em arte, literatura e filosofia pela PUC-RS. Atua no mercado de e-commerce desde 2018 com produção técnica de conteúdo e fomento à educação profissional do setor. Além do portal, é editora-chefe da revista E-Commerce Brasil.

Marcelo Vieira é especialista em e-commerce, com uma bagagem de anos em operações de e-commerce e marketplace no Brasil, além de ser membro do conselho de palestras do E-Commerce Brasil.

A palestra do executivo na Conferência Santa Catarina 2024 foi voltada para “descomplicar” o e-commerce para os lojistas que não veem os custos ocultos das operações do e-commerce. Além dos custos indiretos (como o atendimento, o marketing, entrega etc), muitos vendedores ainda precisam lidar com custos da comissão do marketplace.

Em primeiro lugar, um aviso: o modelo de vendas do marketplace pode fazer sentido para muitos lojistas, mas o alerta de Vieira nesta palestra são para aqueles que não estão conseguindo entender as contas e processos que “roubam” a rentabilidade de muitos profissionais que estão aplicando estratégias erradas.

Custos diretos e indiretos do marketplace - Palestra Marcelo Vieira Conferência Santa Catarina 2024
Custos diretos e indiretos do marketplace – Palestra Marcelo Vieira Conferência Santa Catarina 2024

“Eu preciso comprar o meu cliente todos os dias, mas o pior de tudo é que é preciso comprar o mesmo cliente mais de uma vez”, ele explica.

Segundo ele, a primeira venda é a do marketing e a segunda é da logística. Não importa para o consumidor quem fez a entrega, ele vai gravar a experiência da logística como se fosse da loja. Consumidores insatisfeitos tornam-se detratores, que criam ainda mais custos para a operação.

Principais pontos de atenção

1 – O executivo explica que é preciso ter um controle detalhado do que é cobrado ou realizado na operação, pois “nem sempre a menor comissão tem o melhor custo total”;

2 – Conseguir diferenciar o que são taxas fixas e o que é cobrado sobre o pedido (todos os itens) ou sobre o SKU especificamente;

3 – Compreender a totalidade dos preços ao usar o full ou delivery operado pelo marketplace, se é cobrado como serviço ou se ultrapassa a eficiência logística do custo de uma entrega própria. A conta deve contemplar, ainda, se a nota emitida contempla o ICMS, ou se comporta uma estratégia de frete grátis.

Controle por KPI no marketplace - Palestra Marcelo Vieira Conferência Santa Catarina 2024
Controle por KPI no marketplace – Palestra Marcelo Vieira Conferência Santa Catarina 2024

Modelo de negócios

“Todo mundo conhece o bom e velho Excel”, pontua Vieira. Isso porque, mesmo com diversas ferramentas, o lojista precisa ter esquematizado os custos e os lucros de maneira clara, como em uma planilha prática.

Além disso, ao compreender como é feito o controle pelo marketplace, o lojista consegue visualizar seus lucros, sabendo o que será pago por venda ou de forma geral pelo marketplace: “é crucial entender o que é devido contra o que é pago”, argumeta. Controle do SAC e dos status dos produtos também devem entrar na conta.

Finalizando, “para o marketplace dar certo pro lojista, é preciso ter estratégia e escala”.