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Trump traça novo acordo com a China sobre tarifas

Por: Lucas Kina

Jornalista e produtor de Podcasts no E-Commerce Brasil

Em conformidade com o que foi anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o governo chinês confirmou um novo acordo comercial com os EUA. O acerto representa uma tentativa de trégua na longa disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Trump detalha novo acordo com a China sobre tarifas
(Imagem: Casa Branca)

A retomada do diálogo entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, ocorreu por telefone na última semana. O contato preliminar encerrou um impasse iniciado após o fracasso de um acordo firmado em Genebra. Após novas conversas realizadas em Londres, os termos foram reforçados, focando na redução de tarifas retaliatórias — conhecidas como ‘tarifaço’.

A versão anterior do acordo não avançou devido às restrições impostas por Pequim às exportações de minerais críticos — em especial, as chamadas “terras raras”. Em resposta, a Casa Branca impôs controles à exportação de produtos estratégicos, como motores a jato e software de design de semicondutores, limitando seu envio à China.

Em coletiva de imprensa, Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, afirmou que o país “sempre cumpriu sua palavra”. Além disso, ele destaca que, com o novo consenso, o compromisso deve ser firmado por ambos os lados na negociação.

Menos tensão

Trump comemorou o novo acerto em publicação na Truth Social. O ex-presidente afirmou que a China garantirá o fornecimento antecipado de ímãs e “terras raras”, enquanto os EUA permitirão o acesso de estudantes chineses às universidades americanas — ponto que, segundo ele, “sempre foi positivo”.

“Nosso acordo com a China está concluído, sujeito à aprovação final do presidente Xi e minha”, escreveu.

Apesar das declarações, os termos finais do acordo ainda não foram detalhados. Segundo uma autoridade da Casa Branca, os 55% mencionados por Trump dizem respeito à soma de diferentes tarifas impostas durante seu governo:

  • 10% sobre importações gerais;
  • 20% ligadas ao combate ao tráfico de fentanil;
  • 25% aplicadas anteriormente a produtos chineses.

Questionado sobre as restrições às exportações de minerais, o Ministério do Comércio da China declarou, por meio do porta-voz He Yadong, que continuará aprimorando o processo de aprovação de licenças. A quantidade de emissões, no entanto, não foi especificada.

“A China está disposta a aprofundar o diálogo sobre controle de exportações com os países envolvidos e promover a facilitação do comércio dentro dos padrões internacionais”, afirmou.