O TikTok deu um novo passo para permanecer nos Estados Unidos ao assinar um acordo para vender seus ativos no país. A informação foi comunicada pelo CEO Shou Chew em um memorando enviado aos funcionários na quinta-feira, 18, ao qual a CNN teve acesso. A medida atende às exigências da legislação americana, que condiciona a continuidade do aplicativo ao repasse majoritário de suas operações para investidores não chineses.

Segundo Chew, o aplicativo passará a ser controlado por uma joint venture formada especificamente para as operações americanas. O grupo terá 50% de participação de um consórcio de investidores composto pela Oracle, pela gestora Silver Lake e pela empresa de investimentos MGX, apoiada pelos Emirados Árabes Unidos.
Outros 30% ficarão com afiliadas de determinados investidores já existentes na ByteDance, controladora do TikTok, enquanto 19,9% permanecerão com a própria ByteDance. A composição atende ao requisito legal que determina que pelo menos 80% dos ativos da plataforma nos EUA sejam vendidos a grupos não chineses.
Pressão regulatória e negociações prolongadas
Em abril de 2024, o Congresso dos EUA aprovou uma lei obrigando a ByteDance a vender a operação local até 19 de janeiro de 2025. Caso não cumprisse o prazo, o aplicativo seria banido do país. À época, o Departamento de Justiça argumentou que o TikTok representava riscos à segurança nacional devido à origem chinesa da companhia.
A mudança de administração em Washington prolongou o processo. Desde que reassumiu a presidência, em janeiro, o republicano Donald Trump prorrogou sucessivamente o prazo para a venda e, em setembro, anunciou ter chegado a um entendimento com a China.
Próximos passos
No memorando, Chew afirmou que o acordo deve ser concluído até 22 de janeiro. O executivo destacou que a nova estrutura permitirá que os mais de 170 milhões de usuários americanos continuem utilizando o aplicativo dentro de uma comunidade global integrada.