O Brasil é referência para o mundo em diversos temas, incluindo o e-commerce. Um dos casos nacionais de maior sucesso é o The Bar, uma plataforma de transformação digital. No Fórum E-Commerce Brasil 2022, Marco Frade, Head Media, Digital & CRM, explicou melhor como funcionou a entrada da Diageo no mundo digital.
“No pré-pandemia, a representatividade era muito pequena, pois não se queria ter fricção com os parceiros. O The Bar explodiu na pandemia e a experiência começou a se multiplicar em outros países. Já estamos no Reino Unido, Estados Unidos, México, Colômbia e estamos montando na Espanha. É uma satisfação ver uma experiência que começou no Brasil ser bem sucedida, principalmente em países onde o e-commerce é mais forte”, contou.
A ambição não para por aí. A meta da empresa é ocupar na venda de destilados um espaço ainda vago no país. Recentemente, uma nova marca, com novo logo e identidade, foi lançada para tentar se tornar a maior liquor store do Brasil.
“Trabalhamos no recrutamento de outros consumidores, que vem da cerveja e do vinho para aproveitar nosso amplo portfólio. A gente usa a plataforma como fonte de abastecimento de dados de consumidores para trabalhar efetivamente com eles. Fazemos conteúdo, estratégias de gifting push, como novo modelo de negócios, aplicativo e programa de fidelidade” destacou.
As experiências e o recrutamento do The Bar
O carro chefe do The Bar está na venda direita, administrada por um parceiro. No entanto, eles também estão em marketplaces, como o Mercado Livre e a Amazon, para conseguir aproveitar a grande audiência destes locais e buscar novos consumidores.
Um grande diferencial está no modelo Phygital, que mistura o físico e o digital. Com quiosques em shoppings, eles também conseguem proporcionar uma experiência direta ao consumidor, além de perceber melhor qual a resposta do público.
“[Esse contato] é extremamente importante, pois é o contato direto, corpo a corpo, com o consumidor. Ele comprar a bebida no shopping, não precisa ficar segurando sacolas e ela estará em até duas horas em casa. O cliente tem tudo no maior conforto possível. Deu muito certo, pois estimulávamos as pessoas com brindes, degustação… trazendo uma nova visão e novo entendimento do que é o The Bar”, avaliou.
Entretanto, também foi preciso buscar novos clientes. Para crescer na busca orgânica no Google, foi criada uma plataforma de conteúdo, onde o consumidor degusta experiências de drinques, tem informações sobre as marcas, os destilados, e a respeito da mixologia. Além disso, também foi feito o investimento em busca paga, para aumentar a relevância na hora de busca, e se olhou atentamente para as redes sociais.
“Nelas, conseguimos encantar os consumidores e trazer conteúdo relevante, não só falando de ofertas, mas de conteúdo das marcas e dos eventos”, ponderou.
“Usamos muito com as plataformas digitais para engajar e colocar o The Bar dentro das conversas. Também fazemos ativações em grandes eventos, para trazer essa experiência e fazer com que o público entenda que ele tem um destino. Trabalhamos com influenciadores, que trazem o testemunho e engajam bastante, dando a possibilidade de recrutar novos consumidores”.
Como melhorar a experiência ao consumidor
O The Bar está fundamentado no tripé que engloba conteúdo, experiência e shopping para compreender a jornada completa do consumidor. O conteúdo inclui campanhas sazonais e lançamentos de novas garrafas; a experiência quer facilitar a busca dentro do amplo portfólio no site; e o phygital garante a possibilidade da degustação e uma captação mais fácil de informações, tanto para a marca como ao consumidor.
“Aqui, se trabalha o CRM como estratégia 360: o que eles compram, o que pesquisam, onde e por quais razões compram. Cruzamos os dados com os de mídia para entender quem são esses consumidores a fim de aplicar de forma eficiente. Queremos oferecer uma comunicação mais direta e precisa com nosso consumidor”, pontuou.
“Dados são ouro. Coletamos em eventos, em parcerias e fazemos a mineração dentro do nosso ‘The Bar Lab’, com o cruzamento de dados, para realizar a ativação nas redes sociais, e-mail e Google. Queremos fechar esse ciclo com a monetização para devolver à empresa”, complementou.
Por Eduardo Nunes, especial para a Redação do E-Commerce Brasil
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