“Queremos digitalizar o Brasil”, diz Luiza Trajano sobre ações voltadas a PMEs
Com a pandemia de coronavírus, as empresas precisaram correr atrás de digitalizar seus processos. Porém, para os pequenos varejistas, a tarefa exige ainda mais esforço, segundo Luiza Trajano, presidente do Magazine Luiza. E, focada nas pequenas empresas, a executiva decidiu “digitalizar o Brasil”, com inúmeras frentes. “Nós, do Magalu, também mudamos de prédio todas as empresas que compramos. Nesse prédio, digitalizamos o Magalu. No outro, queremos digitalizar o Brasil. Já oferecemos plataformas para os clientes, mas também queremos oferecer aos sellers”.
Trajano participou do Change Experience, evento online da IBM, realizado na quarta-feira (18), e falou sobre os principais desafios sobre a digitalização. “Como a pandemia, digitalizar pode ser uma oportunidade. Quando começou a pandemia, eu fiquei dois dias paralisada. O que ia acontecer com o mundo. Depois, resolvi ajudar pequenas e médias empresas. A digitalização é uma cultura, não é software. É uma forma diferente de fazer as coisas. Chegou a hora das pequenas empresas, mas elas precisam se capacitar”, afirma a executiva.
Segundo Trajano, um dos empecilhos para os pequenos varejistas é o medo. “As pessoas têm medo do novo, acham que vão perder a loja física. Mas, de repente, com a pandemia, todo mundo em 15 dias teve que usar o que usamos agora. Para alguns é mais fácil, mas fiquei bastante preocupada com a classe C. Nós tínhamos 50 mil sellers, mas apenas 5 mil eram digitalizados. Agora, vamos inteirar 10 mil, mas ainda tem muito a se fazer”, relata.
E não faltam oportunidades de crescimento no e-commerce. De acordo com a pesquisa mais recente feita pelo IBM Institute for Business Value (IBV), com mais de 14.500 pessoas em todo o mundo, a pandemia levou os consumidores a explorar diferentes ferramentas e serviços, e muitos dizem que continuarão a usá-los no futuro. No Brasil, por exemplo, 58% dos entrevistados fizeram um pedido por meio de um aplicativo móvel durante a Covid-19. No mundo, mais de 2,14 bilhões de pessoas devem comprar bens e serviços online até 2021.