Pix vai prever limite de valor da transação para diminuir risco de fraudes
Após manifestações de preocupações dos bancos para o regulador em relação a possíveis fraudes, o sistema de pagamentos instantâneos Pix, que estreia em novembro, será lançado com a possibilidade de limite para as transações. O sinal positivo do Banco Central em relação a essa demanda ocorreu na última sexta-feira (25). Bateu-se o martelo, assim, que o limite será o mesmo que das transações de débito.
“Discutimos muito com o Banco Central. Em todos os lugares do mundo tem limitação e, a princípio, não teria aqui. Sempre que se começa um sistema de pagamentos instantâneos há o risco de fraude, e não se ter uma limitação era uma preocupação grande”, disse o diretor de estratégias PME e open banking do Itaú Unibanco, Carlos Eduardo Peyser, em seminário sobre o Pix, organizado para jornalistas na quarta-feira (30). O BC estabeleceu, assim, que o limite do Pix deveria ser o mesmo de “transações equivalentes”.
Conforme Peyser, em um primeiro momento poderia se imaginar, segundo ele, que as operações mais próximas são os DOCs e TEDs, mas esses não operam fora do horário comercial, destacou, logo não seriam uma boa comparação em termos de segurança. Por isso, a conclusão foi de que o débito seria um equivalente mais apropriado.
Contudo, a redução de valor é uma possibilidade e vai ficar a critério de cada participante, até porque há aqueles, como as carteiras virtuais (wallets) que não possuem operação de débito. O limite da operação do Pix entre os bancos, por sua vez, não será igual, visto que cada um tem um limite diferente.