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Pagamento no débito deve se tornar alternativa mais utilizada no e-commerce

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O cartão de débito, que raramente é usado para compras pela internet no Brasil, em breve começará ser escolhido nas principais lojas online, de todos os setores da economia. A estimativa é que haja potencial para gerar pelo menos R$ 160 bilhões em compras ao ano, 50 vezes o resultado de 2019, segundo estimativa da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).

A mudança deve ocorrer  por causa de um novo protocolo de segurança para transações foi adotado pelas companhias da cadeia de pagamentos e o débito poderá se tornar uma alternativa mais utilizada.

O cartão de débito era antes tão seguro quanto o de crédito. Só que os consumidores têm medo de usar o débito pela internet, porque, se houver alguma fraude, o dinheiro já saiu da conta. O que muda, agora, é que o risco de fraude foi reduzido. Com o índice de fraude em tendência de queda, pode aumentar a confiança de quem compra.

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Risco de fraude no débito

Edson Ortega, vice-presidente de Risco na Visa do Brasil, afirmou à reportagem do jornal O Estadão de S. Paulo que, entre 60% e 80% das compras feitas pela internet com cartões são autorizadas, ante um índice de conversão de 98% nos pagamentos feitos presencialmente. Além disso, no online o risco de fraude é de 1%, contra 0,03% no presencial. Com os testes feitos com o novo protocolo, as conversões pela internet já chegam a algo entre 85% e 90%, sem nenhuma fraude por enquanto.

Se a estimativa de R$ 160 bilhões em transações se confirmar, o débito ainda estará longe do crédito. No ano passado, a categoria movimentou R$ 323,5 bilhões em compras online. Ainda segundo a publicação, Ortega disse que o débito tem potencial para substituir parte das transações feitas por boleto e ser mais utilizada por um público de menor renda.

Ortega não vê o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), como uma ameaça aos pagamentos por débito. O Pix vai começar a funcionar em novembro e permitirá que pagamentos sejam feitos em menos de dez segundos. Para ele, o novo meio de pagamento, inicialmente deve substituir o TED e o DOC, usados para transferências.

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As informações são do Estado de S. Paulo