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O que é recommerce? Entenda esse conceito que está mudando o varejo

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

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Você já pensou que aquele celular guardado na gaveta ou a calça que não serve mais podem ganhar uma nova utilidade – e gerar novos negócios? O recommerce está transformando a maneira como as pessoas consomem, vendem e compram pela internet. Mais do que tendência, a modalidade é uma nova forma de enxergar o valor dos produtos usados e promover economia e sustentabilidade.

(Imagem: reprodução)

É difícil afirmar com precisão quando isso começou, mas podemos ter uma pista sobre mudanças importantes no comportamento do consumidor durante a pandemia de Covid-19. A pesquisa Brasil Digital: Itens Parados em Casa mostra que, naquele período, 45% das pessoas compraram produtos usados pela internet pela primeira vez. O cenário mudou — e o comércio eletrônico também.

Por isso, hoje vamos explicar o que é recommerce, como funciona, o que pode ser vendido nesse modelo e por que ele representa uma grande oportunidade para quem quer empreender ou expandir sua loja virtual. Aproveite a leitura e saiba como o comércio reverso pode ser vantajoso para o bolso e para o planeta.

O que é recommerce?

O recommerce é a prática de comprar e vender produtos usados pela internet. Também chamado de comércio reverso ou recomércio, trata-se de uma alternativa mais acessível e sustentável ao consumo tradicional.

Em vez de descartar ou deixar itens esquecidos em casa, as pessoas passam a revendê-los em plataformas digitais, onde outros interessados podem dar um novo uso a esses produtos.

A modalidade funciona como um e-commerce comum, com a diferença de que os itens vendidos já tiveram um dono anterior. Pode ser uma calça jeans, um celular, um eletrodoméstico ou até um veículo. Tudo depende do estado de conservação do produto e do interesse de quem procura.

Mais do que uma tendência de economia doméstica, o recommerce está conectado a um movimento maior: a economia circular, que visa a redução do desperdício. É exatamente isso que o recommerce faz ao permitir que algo usado continue gerando valor para quem vende e para quem compra.

Como funciona o recommerce?

Na prática, o recommerce funciona de forma muito parecida com o e-commerce tradicional. A diferença está apenas no tipo de produto que é vendido: itens usados, recondicionados ou seminovos.

Quem deseja vender cadastra o produto em uma plataforma digital, informa suas condições, inclui fotos e define o preço. Do outro lado, os interessados fazem a busca, comparam ofertas e finalizam a compra.

Algumas plataformas especializadas em recomércio oferecem serviços adicionais, como curadoria, avaliação de qualidade, garantia e até logística de coleta e entrega, o que torna o processo mais confiável.

Em marketplaces, redes sociais ou lojas virtuais próprias, a lógica é a mesma: conectar quem tem um item parado em casa com quem busca uma oportunidade mais econômica, oferecendo informações completas sobre as condições do produto, idealmente embasadas por fotos.

Outro formato cada vez mais comum é o programa de trade-in, em que o consumidor entrega um produto usado e recebe um crédito para usar na compra de outro item. A estratégia tem ganhado espaço principalmente no setor de eletrônicos e mostra como o recommerce pode ser integrado à experiência de compra de novos produtos – o que ainda tende a fidelizar o consumidor à sua loja.

Como implementar o comércio reverso na sua loja?

Uma das grandes vantagens do comércio reverso é a variedade de produtos que podem ser revendidos. De itens de uso cotidiano até objetos raros ou de alto valor, há espaço para diferentes tipos de mercadorias.

Vale a pena conhecer as categorias mais procuradas e promissoras no recommerce para ampliar o catálogo da sua loja virtual ou iniciar um novo negócio.

Roupas e calçados

Itens de vestuário como roupas e calçados são destaques no recommerce, sendo um dos pontos focais da ideia de economia circular. Com a ascensão dos brechós digitais, esse segmento é um dos mais ativos no mercado de revenda.

É possível montar lojas especializadas em peças de luxo, roupas vintage, itens infantis ou focar em um estilo específico. Além de ajudar o meio ambiente ao reduzir o descarte de tecidos, esse tipo de negócio oferece variedade e acessibilidade ao público. O consumidor também sai ganhando, com produtos diferenciados – muitas vezes, exclusivos – por preços mais em conta.

Para quem quer adentrar o mundo do recommerce, é uma oportunidade de atuar com baixo investimento inicial e boas margens. Basta ter peças em bom estado, fotos de qualidade e uma descrição completa para começar.

Eletrônicos e eletrodomésticos

O setor de eletrônicos tem enorme potencial dentro do recommerce. Atualmente, apenas 8% dos dispositivos eletrônicos são reutilizados, e a expectativa é que esse número suba para 14% até o fim da próxima década.

A baixa taxa revela o tamanho da oportunidade para quem deseja atuar nesse segmento, já que celulares, notebooks, eletrodomésticos e outros aparelhos têm mercado tanto para quem quer economizar quanto para quem quer empreender.

Para garantir a qualidade da experiência, é importante implementar processos para testar, limpar e apresentar corretamente os equipamentos antes de colocá-los à venda. As plataformas especializadas costumam ter certificações e garantias que aumentam a confiança do comprador.

Livros

Os livros já são clássicos no comércio de segunda mão e têm forte apelo emocional e cultural. Criar um sebo online é uma excelente forma de atuar com recommerce, com obras esgotadas, coleções raras ou livros escolares a preços mais baixos.

A lógica é simples: muitas pessoas acumulam livros que não pretendem reler, enquanto outras estão em busca de edições específicas.

Além de livros físicos, também é possível vender revistas, quadrinhos, mangás ou até apostilas e materiais de estudo. O importante é escolher produtos em bom estado, com fotos que mostram as condições reais de uso e descrições detalhadas sobre as edições e os autores.

Veículos

Veículos usados sempre tiveram espaço no mercado, mas a praticidade e o alcance desse tipo de venda aumentou ainda mais no digital.

O recommerce de veículos ainda permite trabalhar com nichos específicos, como no caso de veículos antigos, motos customizadas ou carros sustentáveis. Também é possível disponibilizar serviços de revisão e regularização para assegurar a qualidade dos itens à venda.

Raridades e itens colecionáveis

O universo das raridades é um dos mais apaixonados e ativos do recommerce. Produtos como discos de vinil, CDs, action figures, camisas de futebol antigas e peças de decoração encontram um público fiel e disposto a pagar mais por exclusividade.

Aqui, o valor não está apenas na utilidade, mas na história e no significado emocional do item, muitos dos quais foram produzidos em quantidades extremamente limitadas ou são muito difíceis de se encontrar em boas condições

Esse tipo de produto costuma exigir mais conhecimento do vendedor, que precisa saber avaliar o estado, a autenticidade, a raridade e o valor de mercado. Em compensação, as margens podem ser bastante atrativas, principalmente em nichos como cultura pop, antiguidades ou esportes.

O segredo nesse tipo de recommerce é saber comunicar bem o diferencial de cada item e atuar nos canais certos, como grupos especializados, marketplaces ou redes sociais segmentadas.

Quais são as vantagens de investir no recommerce?

Além de ser uma alternativa mais econômica e sustentável, o recommerce representa uma grande oportunidade para quem quer empreender ou diversificar as vendas no ambiente digital.

Você pode começar com um investimento baixo, atingir novos públicos e atuar em segmentos específicos que têm grande potencial de crescimento, além de estabelecer o recommerce como um diferencial da sua loja online. Quer saber mais sobre esses e outros motivos para investir nesse segmento? Confira abaixo:

Crescimento do mercado e do público-alvo

O recommerce vem ganhando cada vez mais espaço e deve movimentar cifras expressivas nos próximos anos: a projeção é de que o mercado global de produtos usados atinja US$ 1,24 trilhão até 2035. Entre os modelos em destaque estão os programas de trade-in, que sozinhos devem movimentar US$ 244 bilhões no mesmo período.

O crescimento está diretamente ligado às mudanças no comportamento de compra. A geração Z, por exemplo, prioriza o consumo consciente, a sustentabilidade e a economia, sem resistência a adquirir produtos de segunda mão.

O cenário econômico também colabora: com o orçamento mais apertado, muitos consumidores veem na revenda uma forma inteligente de comprar. Com isso, o recommerce se consolida como um mercado dinâmico e em expansão, que atende públicos diversos e atrai um número cada vez maior de consumidores.

Sustentabilidade

Investir em recommerce é também investir em um modelo de negócio alinhado com a sustentabilidade. A venda de produtos usados reduz o desperdício, evita o descarte precoce de itens ainda úteis e diminui a necessidade de produção de novos bens — o que, por sua vez, reduz o consumo de recursos naturais.

Além disso, o recommerce contribui para a promoção do consumo consciente e para o fortalecimento da economia circular. Nessa lógica, cada produto tem sua vida útil prolongada e gera valor em diferentes ciclos de uso.

Para o seu negócio, adotar esse posicionamento também é uma forma de atrair um público mais engajado e reforçar a reputação da marca, especialmente em tempos em que valores ambientais influenciam cada vez mais a decisão de compra.

Comércio nichado (e lucrativo)

Outro ponto forte do recommerce é a possibilidade de atuar em nichos específicos e muito lucrativos. Existem mercados altamente aquecidos, como o de artigos vintage, móveis antigos, roupas de grife, livros raros e brinquedos colecionáveis. Nesses casos, o público é mais segmentado, mas também mais disposto a pagar valores mais elevados por itens exclusivos e difíceis de serem encontrados.

Focar em um nicho possibilita que você desenvolva uma comunicação mais direcionada, crie uma curadoria especializada e se posicione como referência em um tipo de produto, a fim de atrair um público fiel e se destacar da concorrência.

O comércio nichado também diminui a competição direta com grandes varejistas e abre espaço para um atendimento personalizado e diferenciado.

Redução no investimento inicial do seu negócio

Um dos grandes atrativos do recommerce é a possibilidade de começar com pouco ou quase nenhum investimento. Isso porque muitos empreendedores começam vendendo itens próprios ou produtos que já têm em casa, o que reduz o custo com estoque e possibilita a validação do modelo de negócio com mais segurança.

Com produtos usados, o valor de aquisição também costuma ser mais baixo. Essa é uma ótima alternativa para quem deseja começar um negócio lucrativo, mas não tem capital disponível para investir em grandes quantidades de produtos novos.

Como trabalhar com recommerce?

Se você se identificou com o conceito, é hora de entender como colocar a ideia em prática. Existem diferentes formas de começar no recommerce, por isso vamos te mostrar alguns caminhos possíveis e estratégias para transformar produtos usados em uma fonte de renda ou até em um novo negócio.

Venda pelas redes sociais e marketplaces

As redes sociais são ótimos canais de partida para quem quer iniciar no comércio reverso.

Plataformas como Instagram, Facebook e até o WhatsApp possibilitam a criação de um perfil comercial, a divulgação de produtos, conversas diretas com o cliente e o fechamento de vendas com praticidade. Grupos de nicho e comunidades também funcionam bem, principalmente para itens colecionáveis ou de moda.

Outra alternativa é usar marketplaces que já trabalham com produtos usados para anunciar com facilidade e atingir um público amplo. Esses canais costumam oferecer suporte e segurança para quem está começando, e tem a vantagem de permitir que você teste a aceitação dos produtos, entenda o comportamento do público e ajuste as ofertas antes de investir em algo mais estruturado.

Adicione o recommerce ao catálogo da sua loja virtual

Que tal incluir produtos de recommerce no seu catálogo para ampliar a oferta e atrair novos clientes? A estratégia ajuda a diversificar o portfólio com itens únicos, com ótimo custo-benefício e potencial de giro.

As principais plataformas de e-commerce oferecem recursos para organizar esse tipo de venda. Você pode criar uma seção específica, destacar as condições dos produtos e usar filtros para facilitar a busca.

Um ponto importante aqui é caprichar na apresentação dos produtos, com fotos de qualidade, descrições detalhadas e transparência sobre o estado de uso.

Invista no marketing e na divulgação

Independentemente do canal escolhido, você precisa divulgar bem os seus produtos. O marketing digital é o melhor aliado para alcançar mais pessoas e converter visitas em vendas.

Redes sociais, anúncios pagos, conteúdo otimizado para mecanismos de busca (SEO) e e-mail marketing são ferramentas acessíveis e eficazes para quem está começando.

Ter um bom conteúdo, com dicas, histórias sobre os produtos ou curiosidades do nicho, ajuda a engajar o público e destacar sua loja da concorrência. Se você vende livros, por exemplo, vale compartilhar resenhas ou listas temáticas; se trabalha com roupas vintage, mostre dicas de looks.

Lembre-se de focar em um atendimento eficiente e em uma comunicação próxima com o cliente para fortalecer a confiança e gerar mais vendas no longo prazo. Nas vendas como um todo, mas especialmente no recommerce, é fundamental que a comunicação transmita transparência e confiabilidade quanto aos itens vendidos.

Adote boas soluções de pagamento

Para vender com segurança e conquistar de vez a confiança do cliente, é indispensável contar com uma solução de pagamento confiável e eficiente.

No PagBank, você encontra tudo o que precisa para potencializar suas vendas no recommerce: aceitação de Pix, cartão de crédito e débito, boleto bancário e até link de pagamento para vender pelas redes sociais.

A plataforma também disponibiliza ferramentas para aprimorar a gestão do seu negócio, como controle de recebimentos, checkout transparente, pagamento recorrente, split de pagamento e sistema antifraude integrado.

Com o PagBank, você vende bem em qualquer canal — da loja virtual à maquininha — com agilidade, segurança e uma ótima experiência para o seu cliente. Conheça todas as nossas soluções para impulsionar as suas vendas no recommerce com uma estrutura completa de pagamentos!