Com a pandemia, a floricultura Giuliana Flores precisou concentrar seus esforços no ambiente digital, uma vez que suas vendas no comércio físico foram abaladas e precisou fechar metade dos 30 quiosques da marca. Com isso, as operações online cresceram e as vendas no e-commerce passaram a representar mais do que o dobro do que era comercializado antes da pandemia.
“O que estava projetado para 2024 aconteceu em 2020. Era como ter duas empresas a mais dentro da minha empresa”, diz Clóvis Souza, CEO da Giuliana Flores.
Marketplace
Os 120 funcionários dos quiosques foram realocados no time de marketing, vendas, atendimento, rastreamento de logística e produção de arranjos. Para completar, em fevereiro de 2021 a empresa lançou seu próprio marketplace, no qual as vendas representam de 4% a 5% do faturamento total da empresa. A expectativa da Giuliana Flores é triplicar esta proporção.
“Temos mais de 1 milhão e meio de usuários únicos em nossa página e entendemos que precisávamos aproveitar esse fluxo”, diz o CEO. Isso porque a empresa hoje vende mais do que flores: fazem parte do portfólio brinquedos e bebidas.
“Somos conhecidos como uma loja de presentes e agora queremos ser um marketplace de presentes. Aquele lugar buscado quando as pessoas desejam presentear alguém”, diz o CEO.
Desde julho
Desde julho deste ano, a estratégia da empresa está focada no marketing e no posicionamento de “marketplace de presentes”. A ambição da empresa é chegar a 300 vendedores cadastrados na plataforma até o final do ano. Hoje, são 29.
O CEO afirma que parte da estratégia da Giuliana Flores será comunicar aos vendedores sobre as vantagens da comercialização de produtos no marketplace. A margem cobrada pela empresa será de 12% a 25%, dependendo do produto e da categoria.
Já são mais de 7.000 itens vendidos pela plataforma, entre acessórios, bebidas, brinquedos, chocolates, instrumentos musicais, itens de decoração e casa, jóias e bijuterias e produtos para bebês e crianças.
A perspectiva, diz o CEO, é de que as vendas por marketplace dominem todas as transações do e-commerce e possam, em um futuro próximo, ditar as regras para todos os players que desejam estar ativos no ambiente online. “Não vai demorar para que fiquem para trás empresas que não tenham um marketplace próprio ou vendam por um”, diz.
Fonte: Exame
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