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Fórum ECBR 2023: Empatia e alteridade são chave para promoção do design inclusivo

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

Luis Felipe Vieira Sobral diretor de UX do Grupo Boticario palestrando no Fórum  ECBR 2023
Imagem: Luis Felipe Vieira Sobral, diretor de UX do Grupo Boticário

Com foco na inclusão, o segundo dia do Fórum E-Commerce Brasil, quarta-feira (26), contou com Luis Felipe Vieira Sobral, diretor de UX do Grupo Boticário, para discutir sobre a importância do design inclusivo. 

Visando o desenvolvimento de produtos para todos, a palestra demonstrou na prática como ser inclusivo. Sobral iniciou com uma descrição sobre sua própria aparência, comentando sobre seu cabelo castanho, óculos arredondados e roupas pretas. Dessa maneira, o diretor evidenciou a relevância e forneceu um exemplo funcional sobre o tema da palestra. 

Durante sua fala, Sobral apresentou a definição de dois termos-chaves para a criação de um design universal e inclusivo: empatia e alteridade. Colocar-se no lugar do outro e compreender experiências a partir do ponto de vista de outra pessoa são os dois conceitos essenciais para a acessibilidade.

Definição de design inclusivo no Fórum ECBR 23
Imagem: definição de design inclusivo

“A beleza precisa ser para todo mundo, entendemos que os produtos digitais devem servir para todos”, ressalta o diretor.

Ademais, a relevância da inclusão se evidencia a partir dos dados apresentados ao longo da palestra: 25% da população possui alguma deficiência, 57% da população é formada por pessoas pretas ou pardas, 15% da população tem mais de 60 anos e ⅓ da população vive no Norte ou Nordeste. 

Um dos exemplos de como trabalhar a integração dentro da empresa é o cadastro inclusivo. Substituindo o campo ‘nome’ pelo ‘como podemos te chamar’, a organização conversa efetivamente com seus clientes, garantindo que o respeito seja incontestável. 

Além disso, Sobral explica: “se o dado for utilizado, a gente pergunta; senão, a gente nem pergunta”. 

Ao final, o executivo sinalizou quatro dicas para que as empresas iniciem o processo de inclusão, tanto na organização quanto no desenvolvimento e atendimento dos clientes: 

– Preparem e construam seus times com inclusão;

– Cuidem da amostragem, as pesquisas importam;

– Observem as soluções oferecidas (elas atendem a todos?);

– Empatia e alteridade.