Com piora no prejuízo, Enjoei reduz margens em 2021 para melhorar resultado em 2022
A Enjoei tomou uma decisão no início de 2021: abrir mão de margens para aumentar o número de vendedores. Com mais "lojistas virtuais", a plataforma tem a ambição de conseguir clientes que gastem mais na plataforma ao longo do tempo.
A lógica é que dessa maneira se consegue maior oferta de produtos e, assim, pode-se atrair um público que gasta mais nas compras eletrônicas. A expectativa é que, em 2022, esse investimento resulte pouco a pouco em redução do prejuízo da plataforma. Por enquanto ele só cresce: no quarto trimestre de 2021, a empresa registrou piora de 56,7% na última linha do balanço.
"Uma vez que aumentamos o número de vendedores na plataforma, combatemos o custo de aquisição de clientes, com uma base mais rentável de usuários", argumenta Tiê Lima, CEO da empresa.
O primeiro passo para atingir o objetivo de atrair mais vendedores foi tentar aumentar a liquidez das vendas e isso foi feito com descontos no frete para o cliente. Depois, a companhia passou a oferecer aos novos lojistas que a primeira venda na plataforma acontecesse sem que eles tivessem de pagar uma porcentagem sobre a venda para a plataforma, além disso a segunda e a terceira venda tinham porcentagens mais baixas descontadas do valor pago pelo cliente.
A conclusão é que o 'take rate', taxa cobrada pela plataforma sobre a venda, foi de 19,8% no ano de 2021, sendo que para vendedores com seis vendas ou mais, ela chega a 31%. A proposta é que o vendedor pegue gosto pelo negócio e se incomode menos com a taxa à medida que vende mais.