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Cada vez mais brasileiros usam smartphones para fazer compras online

Por: Dinalva Fernandes

Jornalista

Jornalista na E-Commerce Brasil. Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada em Política e Relações Internacionais pela FESPSP. Tem experiência em televisão, internet e mídia impressa.

O brasileiro está mais disposto a realizar compras via aplicativos do que esteve em 2021, pelo menos é o que aponta o número de downloads de apps de e-commerce realizados no território nacional. De acordo com estudo divulgado pela RankMyApp, o primeiro semestre de 2022 registrou 15,7 milhões de instalações, um aumento de 2,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total foi de 15,3 milhões.

“Esses dados mostram que o brasileiro está cada vez mais habituado a utilizar o celular para realizar algum tipo de compra. É um caminho sem volta, já que pesquisas de mercado apontam que, em 2021, 54% das vendas no e-commerce vieram do mobile”, afirma o CEO da RankMyApp, Leandro Scalise.

Ainda segundo ele, “com exceção a 2020, que foi um capítulo à parte por conta da chegada da pandemia, 2021 foi o ano mais forte da série histórica, com 32,2 milhões de apps baixados. Porém, 2022 deve superar em mais de 3% esse número, impulsionado por um segundo semestre com Dia das Crianças, Black Friday e Natal, além, é claro, da Copa do Mundo”.

Mais de 350 milhões de dados analisados

Para produzir o levantamento, a RankMyApp analisou 350 milhões de dados de aquisição anonimizados, 283 milhões de visualizações e 70 milhões de instalações de apps no Google Play e na App Store, entre janeiro de 2018 e junho de 2022.

“O meio digital muda o tempo todo, em uma velocidade imensa. E esse relatório mapeia o mobile marketing brasileiro, com informações preciosas para que as empresas e agências de mídia possam definir as melhores estratégias para alcançar novos clientes ou para despertar o desejo de compra em clientes inativos. Planejamento e gestão de mídia são as chaves para o sucesso no varejo”, pontua Scalise.

O cenário brasileiro do m-commerce

De acordo com o levantamento, é perceptível a aceleração dos hábitos de consumo online nos últimos anos. Estima-se que 40% dos usuários de internet em todo o mundo já compram produtos em e-commerce. Isso equivale a mais de 1 bilhão de compradores. O Brasil é o terceiro país que mais realiza compras pela internet. As vendas online têm crescido ano a ano e, atualmente, já representam 1% do PIB brasileiro.

Em 2021, mais de 54% das vendas de e-commerce vieram do mobile. Essa dado faz correlação com uma pesquisa que aponta que 92% dos brasileiros, além de pesquisarem preços, também já fazem compras pelo celular.

Downloads de apps de e-commerce

    “Nota-se que 2020 apresentou alta de 104% em relação a 2019, muito por conta do início da pandemia da Covid-19, período em que as pessoas não sabiam quando poderiam sair de casa novamente para ter uma vida mais próxima do normal”, explica Rodrigo Thedim, head de Marketing e Vendas da empresa. “Já nos outros anos da série, as instalações do m-commerce vêm apresentando um crescimento sustentável, e 2022 muito provavelmente seguirá essa tendência”.

    Destaques sobre as instalações

    2018: os meses com maior número de downloads foram janeiro (queima de estoque do fim do ano anterior), novembro (Black Friday) e dezembro (Natal e Ano-Novo);

    2019: aumento de 20% em relação a 2019, já que a economia brasileira demonstrava sinais de recuperação pós-crise de 2014. O maior número de downloads foi presenciado em janeiro, novembro e dezembro, sendo novembro o mês com maior número de instalações da série histórica (exceção feita aos meses de 2020);

    2020: alta de 104% em relação ao ano anterior, sendo maio, junho e julho os meses com mais instalações, impulsionados pelos efeitos da pandemia e do isolamento social;

    2021: queda de 40% em relação a 2020, porém alta de 21% em relação a 2019, sendo os meses com maior número de downloads março (Dia do Consumidor), agosto (Dia dos Pais) e novembro (Black Friday);

    2022: aumento de 2,6% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2021, com destaque para março (Dia do Consumidor), abril e maio (Dia das Mães).