No Fórum E-Commerce Brasil, executivos da Aramis Inc., referência em fashion tech masculina, compartilharam com lojistas de e-commerce os caminhos da transformação digital que levaram a empresa a ampliar suas vendas e otimizar a experiência do consumidor.

Até 2019, a Aramis caminhava a passos largos, com crescimento de 14% em vendas ao ano. A experiência de venda era feita principalmente pela loja física, já com um desejo pela inovação, que só foi impulsionada, infelizmente, com a chegada da pandemia, em 2020. Mesmo com a adversidade, houve um avanço considerável na experiência e desenvolvimento do e-commerce da Aramis de 2020 para 2024, gerando uma transformação não só de mentalidade como de posicionamento de marca.
A partir dai, a marca pôde dar passos ainda mais largos não só em sua performance mas também no desenvolvimento de produtos e imagem. Hoje, a Aramis Inc. é um grupo de marcas espalhado pelo país com o objetivo de inovar no digital e se posiconar como uma referência no mercado de fashion tech masculina.
Neste cenário, o modelo de segmentação e personalização a partir de dados foi essencial para alimentar o machine learning, que, por sua vez, gera um nível de precisão em campanhas.
O caminho da tecnologia
“É essencial que a jornada seja data-driven, mas não é só sobre tecnologia, é preciso movimentar toda a empresa, com uma arquitetura escalável que acompanhe seu crescimento, o que só é possível com uma estrutura cloud e API first”, destacou William Spinola, Head de Tecnologia da Aramis Inc.
Um dos pilares da evolução foi a criação de uma arquitetura de dados baseada em data bricks, que integra múltiplos canais e fontes simultaneamente. Isso viabilizou a implantação de um Customer Data Platform (CDP), que alimenta o machine learning e eleva a precisão das campanhas digitais. Edgar Carmo, Head de Negócios Digitais da Aramis, explicou: “Com tudo isso organizado é que começamos a poder falar de Inteligência Artificial”.
Alinhamento de processos
Antes da transformação, programas de afiliados funcionavam isoladamente, gerando dados desconexos. A renovação envolveu a reestruturação de times, aprovação do conselho e a orquestração dos dados para criar um fluxo unificado, permitindo escalar vendas com maior precisão e conquistar novos mercados.
O CDP habilita ações direcionadas a clientes que não passam pela loja física, recuperando cerca de 15% dos que foram impactados digitalmente mas não converteram. “O que começamos em 2021 era colocar o cliente no centro da nossa mandala, mas percebemos a necessidade de acessar outras frentes que estavam com menos visibilidade”, completou Spinola.
Integração de canais
Sobre os canais, os executivos reforçaram a importância da fidelidade não só do consumidor final, mas também dos lojistas e vendedores, fundamentais no ecossistema de vendas. Para esses últimos, foram desenvolvidas interfaces que promovem engajamento e integração, facilitando não só o atendimento, mas também o trabalho interno.
“A fideliade precisa fazer o modelo completo girar, não só o cliente final, uma vez que o lojista também é essencial no nosso modelo de negócios”.
Para o vendedor, há também a necessidade de possibilitar uma boa interface de trabalho com engajamento, experiência integrada e uma carteira integrada.
Alguns cuidados, no entanto, precisam estar em pauta: qual a melhor atribuição, feita através de machine learning, entre vendedor e o cliente. “Há uma potência de capacitação do vendedor para que ele seja a melhor opção no atendimento do cliente, mas, caso essa opção não funcione, há outros canais que o consumidor consegue acessar para ter um atendimento de ponta”, finaliza Edgar.