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¼ do orçamento de publicidade é destinado à Retail Media, segundo eMarketer e Equativ

Por: Helena Canhoni

Jornalista

Bacharel em Comunicação Social pela ESPM. Experiência em tráfego pago, cobertura de eventos, planejamento de marketing e mídias sociais.

O retail media é entendido como a terceira onda da publicidade digital, ocasionada pelo crescimento do e-commerce, que ocorreu na pandemia de Covid-19. De acordo com projeções originárias da pesquisa realizada pela eMarketer em parceria com a Equativ, o segmento até 2024 deve movimentar investimentos de U$61 bilhões, contemplando cerca de um quarto das despesas com publicidade das empresas.

Na prática, o retail media é a compra de espaços publicitários no qual o anúncio é exibido aos visitantes do local, seja físico ou online. Entretanto, por detrás da simplicidade da definição, existe uma cadeia de valor extensa e profunda. Khalil Yaghi, Country Managing Director da Equativ, comenta que “a cadeia produtiva envolve anunciantes, varejistas, agências, agregadores, serviços de entrega, redes sociais, editores e serviços de streaming, assim como plataformas de demanda (DSPs), plataformas do lado da oferta (SSPs) e outros provedores de tecnologia de anúncios”.

A transformação nos mecanismos de busca 

Dentro deste cenário, o Brasil ainda está em crescimento. Entretanto, em relação a mercados estrangeiros a técnica evidencia sua importância e relevância. “O retail media é o segundo formato de anúncio com maior crescimento nos Estados Unidos, atrás apenas da Connected TV (CTV)”, aponta Caroline Figueiredo, Gerente de Marketing da Equativ. No macroambiente da América Latina os três segmentos que compõem a rede de retail media são os marketplaces digitais, varejistas e intermediários ― como Uber e Ifood. 

Exponencialmente, os sites dos varejistas têm experienciado uma diminuição dos mecanismos de buscas tradicionais. Na pesquisa realizada 42,8% dos consumidores, latinoamericanos, optam por buscas em sites, aplicativos ou portais multicategoria; 41,4% procuram nas redes sociais ou consultam influenciadores; enquanto ferramentas de busca e recomendações representam 35% e 26,7%, respectivamente. Segundo Yaghi, isso demonstra que sites multicategorias, como Amazon e Mercado Livre, estão agora em pé de igualdade com os principais mecanismos de busca.

Para Figueiredo, os profissionais de marketing que confiam, e utilizam, predominantemente as ferramentas de busca tradicionais devem estar atentos às mudanças comportamentais e atualizar as estratégias buscando atender de forma mais assertiva o mercado. É possível aproveitar os conjuntos de dados primários dos varejistas para adaptar os anúncios ao público certo no momento certo, finaliza a gerente.

Fonte: PortalInvestNe