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Três razões para incluir influenciadores em suas estratégias de vendas digitais

Por: Alfredo Soares

Presidente na Loja Integrada e Fundador G4 Educação

Empreendedor hustler e palestrante com experiência em empreendedorismo, Soares tem dois grandes cases bootstraps no cenário de startups brasileiro. É Presidente na Loja Integrada e Fundador do G4 Educação

O Brasil é o país com maior número de influenciadores digitais no Instagram. Essa é a conclusão da Nielsen em sua pesquisa sobre marketing de influência global. São mais de 11 milhões de brasileiros produzindo conteúdo diariamente somente nesSa plataforma, o que reflete intimamente no perfil de compra da população. Pesquisa do portal Statista revelou que, de todos os países do mundo, somos os mais impactados pelos criadores de conteúdo: aproximadamente 45% das pessoas afirmaram já ter comprado produtos indicados por influenciadores.

Empresas que usam influenciadores com sabedoria têm resultados relevantes na conexão com seus clientes e, consequentemente, nas suas vendas.

Em entrevista recente, o chefe de marketing da Samsung, Jannos Artusi, chegou a dizer que as vendas online dos produtos recomendados pelos influencers chegam a ser dez vezes maiores do que quando feitas por um anúncio regular dentro das plataformas tradicionais. Isso faz com que a categoria receba a segunda maior parcela de investimento em publicidade da empresa, perdendo apenas para o Google. Acha muito? Essa é uma tendência global. Dados da Influencer Marketing Hub revelaram que o marketing de influência tem expectativa de movimentar mais de US$ 16,4 bilhões no mundo somente em 2022, um aumento de US$ 3 bilhões em relação ao ano passado. Se compararmos com 2016, o gasto com essa estratégia cresceu mais de dez vezes.

De forma geral, empresas que trabalham com criadores de conteúdo costumam classificar cada um pelo número de seguidores que possuem nas redes sociais, começando pelas celebridades, com mais de um milhão, seguido pelos megainfluenciadores, que possuem a partir de 500 mil, macro, com mais de 100 mil, micro, de 10 mil a 100 mil e nano, quando passam de mil. A partir dessa identificação, além de todos esses grandes números, existem algumas boas razões para que uma empresa digital inclua a estratégia de marketing de influência em seu planejamento de ações.

Jornada do cliente

O influenciador é capaz de entender a jornada do seu público muito mais do que uma marca tradicional, que precisa investir em uma empresa de pesquisa para conhecer seu consumidor e pensar em hipóteses de venda a partir dessas informações. O criador de conteúdo acompanha diariamente essas pessoas por meio da análise dos dados presentes em seu próprio canal, observando as respostas nas caixas de pergunta ou os comentários nos posts, entendendo assim qual é o melhor momento para que a venda ocorra ou o que ele precisa entregar para que isso aconteça. O sucesso das suas ações junto a uma empresa está no fato de ele ter e conhecer profundamente sua audiência.

Humanização

O fato de ser uma pessoa, e não uma empresa, passando as informações e exemplificando a usabilidade de um produto ou serviço garante mais credibilidade ao que está sendo apresentado e ajuda na identificação por parte dos clientes. A forma natural demonstrada na comunicação também transmite a sensação de “recomendação” e indicação de algo exclusivo, quebrando o conceito de venda tradicional que afasta o público. Isso também ajuda a blindar a empresa envolvida já que, na maior parte das vezes, é mais comum que uma marca sofra críticas diretas pelo serviço prestado do que uma pessoa.

Alcance

Criadores de conteúdo possuem uma comunidade engajada e mais capacidade de viralização daquilo que apresentam do que os anúncios tradicionais. Por entenderem os gostos do seu público e dialogarem de forma próxima com ele, conseguem organicamente garantir que o alcance das suas publicações ultrapasse a barreira dos seus próprios seguidores.

De forma geral, não existe mais ponto de retorno no uso da estratégia de marketing de influência, com investimentos aumentando progressivamente. Só a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, está em uma acirrada competição com a ByteDance e pretende gastar quase três vezes mais em influenciadores do que o TikTok para manter sua popularidade em alta.

Com números tão impressionantes, não resta dúvidas de que as empresas que utilizarem esse recurso com sabedoria terão resultados relevantes na conexão com seus clientes e, consequentemente, nas suas vendas.