2026 junta dois “turbos” de atenção e consumo: Copa do Mundo e eleições gerais no Brasil. Em um ano assim, não é hora de “inventar moda”; é hora de operar com foco no cliente, olho no caixa e matemática na veia.

O plano (simples e prático)
1. Mapeie a agenda do ano (e do seu cliente)
Monte o calendário comercial do e-commerce com picos claros: volta às aulas, Dia das Mães, Dia dos Namorados, Copa (conteúdo + ofertas temáticas), Dia das Crianças, eleições (atenção e CPMs voláteis), Black Friday e 13º. O 13º injeta centenas de bilhões na economia e costuma destravar consumo no fim do ano – planeje estoque, crédito e operações para capturar essa demanda.
2. Orçamento por “fases” (payback acima de vaidade)
– Fev-mai: construir base (SEO, conteúdo, CRM, CAC eficiente).
– Jun-jul (Copa): conversão com kits/combos, cross-sell e logística rápida. Copas historicamente elevam categorias como eletrônicos; em 2014, setores ligados ao evento puxaram o varejo. Use essa janela sem sacrificar margem. FOX SPORTS
– Ago-out (eleições): proteja margem (brand safety, midia com iROAS), priorize 1st-party data e canais de menor volatilidade.
– Nov-dez: captura agressiva (BF + 13º) com contribuição positiva.
3. Execute o básico com excelência
– Oferta: páginas de categoria temáticas, bundles, assinaturas/recorrência e meios de pagamento fricção-zero.
– Aquisição: mix entre mídia paga e retail media; prepare-se para picos de investimento em anos de grandes eventos.
– Retenção: CRM por cohort (LTV, recompra 30/60/90), fluxos de pós-compra e programas de indicação.
– Operação: promessas de frete realistas, OMS unificado (CD + loja), SLA monitorado em tempo real.
A conta tem que fechar (e como fechar)
Troque “CTR bonito” por margem de contribuição: receita líquida – (CPV + frete/subsídio + meios de pagamento + mídia + operação). Controle payback de CAC, iROAS por campanha e LTV/CAC por cohort. Se a contribuição cai, ajuste preço, frete, mix ou corte canais de baixa eficiência.
Case-sinal para 2026
Em Copas, categorias relacionadas ao evento aceleram. No Brasil, 2014 registrou impulso em atividades atreladas ao Mundial, reflexo de maior consumo e atenção. Para 2026, replique a lógica no digital: coleções temáticas, kits “assistir em casa”, conteúdo contextual e logística express.
Por que isso funciona
O mercado segue crescendo no online: o e-commerce brasileiro tem trajetória ascendente e projeções robustas para os próximos anos, sustentadas por base de consumidores digitais e maturidade operacional. Use o ano para capturar crescimento com rentabilidade.
Resumo executivo: faça o trivial extraordinariamente bem, planeje por janelas de demanda (Copa, eleições, 13º), opere por contribuição e retenção, e deixe a criatividade a serviço da performance, não o contrário.