Transações por BNPL quadruplicaram mundialmente em três anos

Não é novidade que o Buy Now Pay Later tem se popularizado no mundo como opção de pagamento alternativa, mas seus números no globo impressionam. Segundo o último relatório da GlobalData, o valor de transações de BNPL passou de US$ 33 bilhões em 2019 para US$ 120 bilhões em 2021. A projeção é de que o montante chegue em US$ 576 bilhões até 2026, possibilitando um incremento nas vendas dos lojistas que se prepararem para o cenário promissor. Se lá fora o BNPL está começando a esquentar, no Brasil já dominamos o processo. Afinal, desde a década de 50, parcelamos no crediário. Como naquela época, a alta da inflação e a diminuição do poder de compra dos brasileiros exigem atualmente dos comerciantes e prestadores de serviço uma ampliação das estratégias de vendas, com o adendo de que, além da loja física, agora o digital tem um espaço fundamental para o negócio. Só em 2020, 13 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra por e-commerce, conforme apresentando no relatório Webshoppers. Não temos dúvida de que parcelar está na cultura do brasileiro, correto? Mas as maneiras tradicionais não têm atendido à demanda das novas gerações que querem adquirir um bem ou serviço sem utilizarem o cartão de crédito ou dos milhões de desbancarizados do país. Uma opção vantajosa, então, seria oferecer o boleto parcelado como forma de pagamento, democratizando o acesso ao crédito e incluindo novos compradores no target das empresas. Apesar das condições econômicas atuais não parecerem favoráveis, a veia empreendedora tupiniquim é especialista em encontrar boas alternativas. [caption id="attachment_124290" align="aligncenter" width="1000"] Não é novidade que o BNPL tem se popularizado no mundo como opção de pagamento alternativa, mas seus números no globo impressionam.[/caption]

Por que contar com BNPL no aumento de TKM e conversão?

O mercado passou a se orientar pelo conceito de Payments 5.0, que sugere a inclusão de novos métodos e tecnologias na forma de pagamento. Dinheiro físico continua sendo extremamente importante para uma população de aproximadamente 34 milhões de desbancarizados no Brasil. Cartões de crédito e pré-pagos crescem exponencialmente no país, principalmente por causa do surgimento das fintechs que estão desburocratizando a criação de contas. Um estudo da Generation Pay, de dezembro de 2021, revelou que 43% dos brasileiros têm preferência pelo Buy Now Pay Later, opção extremamente popular por aqui, através de boleto parcelado, excelente alternativa para os que não têm conta bancária, e mais recentemente o Pix. O jeito de comprar mudou não só no Brasil, mas no mundo. As expectativas são mais altas, a lealdade a uma marca mais baixa, o desejo por serviços “on demand” é quase um padrão e, do ponto de vista governamental, novas regras e regulamentações são necessárias.

BNPL para bons resultados

Além do BNPL como a solução mais disruptiva e inclusiva de pagamento, outros diversos fatores devem ser considerados na busca de bons resultados. O primeiro de tudo é se preparar para vender: invista em uma boa solução antifraude, proteja o seu negócio e os dados dos seus clientes. Segundo, promova as formas alternativas de pagamento que você oferece ao seu público para melhorar a penetração nesses meios. Procure também fazer adesão às datas de varejo que geram um índice de venda maior e projetam sua loja. Por fim, faça pesquisas constantes com clientes para entender cenários, experiências e aumentar recorrência. As projeções para os próximos quatro anos são animadoras, mas é preciso pavimentar o caminho. A expectativa é de que ainda em 2022 sejam transacionados US$ 214 bilhões em BNPL, de acordo com o relatório da GlobalData. As lojas estão cada vez mais tendenciosas a adicionem em seus modelos de vendas novos meios de pagamento, inspiradas não só pelo cenário econômico atual, mas por demandas cada vez mais exigentes dos nativos digitais. O sucesso para uma operação está em acompanhar essa evolução, ofertando facilidade, inclusão e segurança. Leia também: Desbancarização e poder de compra: adesão ao BNPL