Omnichannel mal planejado é beco sem saída para o cliente
Você já deve ter ouvido falar que todos os caminhos levam a Roma. Pois pense na mítica capital italiana como sendo o cliente: na lógica do mercado atual, é para ele que todos os percursos devem convergir. Essa é a máxima do omnichannel — a de fazer com que um produto ou serviço chegue ao seu destino, não importa por qual meio.
O que se torna fundamental nessa jornada, na verdade, é como, quando e em que condições o item “viajante” vai chegar. Porque, sobretudo no cenário atual de muitos fornecedores disputando a atenção dos consumidores, estes se tornam cada vez mais exigentes, e não é exagero dizer, já que nos referimos a Roma, que querem ser tratados como reis, ou imperadores.
Houve um tempo em que as pessoas encontravam aquilo de que necessitavam na lojinha ou na mercearia perto de casa. Essa proximidade, aliás, facilitava muito suas vidas, uma vez que não precisavam percorrer grandes distâncias para fazer suas compras.
O desejo por comodidade não mudou; pode-se dizer até que cresceu. O que se transformou, na verdade, foi o conceito de proximidade. Não precisamos mais caminhar nem até a esquina se não quisermos: as encomendas vêm até nós sem que deixemos o conforto do lar.
O que o cliente mais quer são alternativas. Poder pesquisar um item na internet, por exemplo, e buscá-lo na loja. Ou, se estiver no ponto físico e não encontrar lá o que procura, ter como fazer o pedido no site e receber o produto em casa o mais rapidamente possível.
Além disso, deseja acesso às promoções por todos os canais, sem ser surpreendido com um preço mais em conta no e-commerce do mesmo item pelo qual pagou mais caro, no mesmo dia, em uma loja física.
A diversidade de caminhos de compra, por sinal, se mostra ainda mais importante numa conjuntura que congrega perfis tão diferentes de consumidores. Uma marca pode ser buscada tanto por alguém que nasceu na época em que predominavam as quitandas de bairro quanto na era em que já se sai digital do berço.
O segredo para pavimentar com sucesso os pontos de contato com o público que se quer alcançar está nos cruzamentos das vias que levam a ele. É preciso haver coerência na comunicação, lembrando que, embora os canais sejam muitos, a marca precisa ter a mesma personalidade e transmitir os mesmos valores em todos eles.