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Omnicanalidade, hábitos de consumo digital e Geração Z: o futuro do varejo

Por: Fabrizzio Topper

Empreendedor com mais de 20 anos de atuação no mercado de estratégia de marketing, brandings e negócios digitais. Já idealizou e estruturou mais de 30 operações digitais de alta complexidade, sendo a metade com perfil Omnichannel. Sócio-fundador de uma das consultorias de e-business mais premiadas do país, a Topperminds, atualmente atende clientes como TokStok, Pernod Ricard, Leo Madeiras, Zamboni e Ferreira Costa entre outros. Graduado em Design pela FAAP e pós graduado em Administração pela USF, com especialização em neurociência pela ESPM, Mestre em programação neurolinguística pela SBPNL e Master Coach Internacional pela ICI, MBA internacional em marketing pela FGV e empreendedorismo pela Babson College. Atua também como professor de branding e modelagem de negócios digitais na ComSchool, Anhembi Morumbi e IBMEC.

O consumidor brasileiro é mais omnichannel do que o chinês e se adaptou rapidamente a essa abordagem integrada de compras que conecta o físico e o digital de maneiras inovadoras.

No Brasil, a prática de comprar online e retirar na loja (click and collect) é amplamente adotada. O conceito de “cupside”, ou coleta na calçada, permite que o consumidor pegue seu produto sem precisar entrar na loja.

A “prateleira infinita”, que oferece uma variedade de produtos além do estoque físico da loja, é outra inovação amplamente aceita. Esses métodos refletem um desejo crescente dos consumidores de encontrar exatamente o que querem, sem compromissos.

A Geração Z e sua influência no mercado

A Geração Z (indivíduos nascidos entre 1997 e 2012) traz algumas oportunidades e desafios interessantes pro varejo. Esta geração é a primeira a ter uma voz significativa e a usar o digital como principal meio de expressão e crítica. Eles são empreendedores por natureza e preferem ganhar dinheiro de maneiras não convencionais, muitas vezes rejeitando a ideia de uma carreira estruturada.

Em 2023, o mercado brasileiro de e-commerce faturou 185 bilhões de reais, com expectativas de atingir quase 230 bilhões em 2024. Com 85% da população tendo acesso à internet e um crescimento de dois dígitos no e-commerce, as oportunidades são vastas. Entretanto, apenas 30% dos varejistas estão digitalizados, o que indica um enorme potencial inexplorado.

Grandes players como Arezzo e Carrefour têm liderado a transformação digital. A Arezzo, por exemplo, conseguiu que 30% de sua receita venha do e-commerce, integrando completamente seus canais de venda. A Petz, por sua vez, exemplifica o sucesso da omnicanalidade com 91% de suas vendas já sendo omnichannel, utilizando inteligência artificial para otimizar estoques e logística.

Fluxo divulgado pela Petz na etapa final da pandemia (4T 2021)

O futuro da omnicanalidade

Nos próximos cinco anos, espera-se que o mercado brasileiro de e-commerce dobre de tamanho, aproximando-se dos 400 bilhões de reais. Isso será impulsionado pela crescente digitalização dos varejistas e pela integração contínua dos canais de venda.

A Nike é um exemplo de sucesso global nesse aspecto, com quase 40% de sua receita vindo de canais omnichannel, demonstrando a importância de enfrentar disputas de canais e focar na experiência direta com o consumidor.

Omnichannel Nike

Experiência omnichannel nas lojas físicas da Nike

A omnicanalidade não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para atender às expectativas dos consumidores modernos, especialmente a Geração Z. Ao integrar canais físicos e digitais, otimizar a logística e personalizar a experiência do consumidor, o varejo pode não apenas sobreviver, mas prosperar no cenário competitivo atual.

A sua marca já tem conseguido se conectar de maneira significativa com a Geração Z? Como estão as suas integrações de canais? Se ficou com dúvidas sobre este artigo, deixe a sua pergunta nos comentários. Vamos conversar!