Por Willian Alevate*
Cada vez mais os brasileiros tomam gosto pelas compras online. Pesquisas da comScore revelaram que, no quarto trimestre de 2011, somente no Brasil, os internautas gastaram 4,1 bilhões de minutos em sites de comércio eletrônico. A comodidade de não entrar em filas, não precisar procurar vaga de estacionamento e ter a entrega da mercadoria em casa, aliada às facilidades de pagamento, melhorias nas velocidades de acesso à internet e abrangência da banda larga são motivos para o e-commerce ganhar popularidade no país. Mas a ânsia de fechar um bom negócio pode causar problemas quando o internauta esquece um item básico em qualquer compra online: a segurança.
Da mesma forma que é necessário tomar cuidados ao comprar em lojas físicas, os consumidores devem ter em mente que o ambiente online também oferece riscos. Por isso, existem algumas dicas básicas que podem ajudar a evitar problemas antes mesmo de acessar essas páginas.
A indicação de sites já conhecidos por amigos e familiares pode ajudar, principalmente nas referências de pontualidade. Mas, é indispensável checar a política de privacidade do site. Essas normas devem estar disponíveis em todos os sites que vendem pela internet e devem possuir diretrizes claras sobre o tratamento dado aos dados pessoais do comprador.
Um tipo de golpe muito comum é o dos chamados “sites fake (ou clonados)”, que consistem em cópias de sites reais para enganar os desavisados, que poderão ter todos os seus dados roubados. Para evitar essa dor de cabeça, ao acessar um site de compras, uma dica é checar alguns links do site. Quando o site é “clonado” alguns links não funcionam adequadamente e são direcionados para sites bem diferentes.
Outra dica é checar se existe um cadeado antes do endereço da página e, ao clicar nele, deve ser aberta uma janela com informações sobre o certificado digital, que indica que a empresa segue os preceitos legais para vendas online no Brasil e, por meio de criptografia, impede a propagação de golpes virtuais.
Com a tendência de aumento no uso de dispositivos móveis para compras online, aumentam as chances de fraudes. Por isso, o mesmo cuidado que os usuários têm com o PC, devem ter com os smartphones e tablets. Se o aparelho estiver infectado, os dados do comprador também estarão comprometidos no momento da compra. Ligar o bluetooth somente no momento em que for utilizado; instalar apenas aplicativos confiáveis, provenientes de sites de fabricantes; e usar senha para bloquear o teclado do dispositivo são algumas pequenas mudanças de atitude que podem ajudar a proteger um pouco mais esses equipamentos. E já que eles são tão indispensáveis, é melhor prevenir que remediar.
*Willian Alevate – especialista em Segurança da Informação da Módulo.