Superando desafios anualmente, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) traz um panorama geral sobre o cenário do varejo em 2023. Segundo a instituição, de maneira geral, o resultado do ano passado foi positivo para o país.
O levantamento realizado – nomeado de “o papel do varejo na economia brasileira” – concluiu que o grande diferencial para as empresas é conseguir se adaptar às novas realidades e aos desafios do comércio. Em sua maioria, as empresas sofreram com a restrição do crédito e com os altos juros; em contrapartida, outras organizações conseguiram acelerar o crescimento, com novas soluções, protagonizando fusões e aquisições.
Para além dos resultados positivos
Mantendo a mesma linha dos resultados positivos, o varejo ampliado que considera automóveis e materiais de construção, apresentou um aumento de 5,3% em 2023, alcançando a marca de R$ 2,75 trilhões. Além disso, o índice ampliado corresponde a 25,23% do PIB.
Já o varejo restrito – que contempla bens de consumo, com exceção de automóveis e materiais de construção – totalizou, em 2023, uma expansão nominal de 4,1%. O segmento ainda movimentou R$ 2,23 trilhões e representa 20,45% do PIB brasileiro.
Pelo sétimo ano consecutivo, o varejo segue em expansão. O resultado do varejo superou o do país: em 2023, o PIB teve uma expansão de 2,9%. Desde 2016, o varejo vem superando o desempenho da economia.
De acordo com Eduardo Terra, presidente da SBVC, os resultados positivos do varejo demonstram que a transformação digital do setor permite, cada vez mais, que as empresas compreendam melhor seus consumidores e encontrem novas oportunidades de crescimento.
“Reforçar o relacionamento com os consumidores, ampliando o poder dos meios digitais e gerando um maior volume de dados que são processados pelos sistemas e retornam como inteligência para os negócios – essa é a receita de quem tem conseguido aproveitar melhor as oportunidades de mercado e se proteger das turbulências da economia”.
Eduardo Terra, presidente da SBVC
Expansão dos empregos
Além dos resultados positivos, outro aspecto importante é o volume de empregos fomentados pelo setor. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego recuou para 7,8% em dezembro de 2023 – o menor patamar desde 2015 – impulsionada por meio do fortalecimento do varejo, o maior empregador privado do país.
“Em 10 dos 12 meses de 2023, o varejo contratou mais do que demitiu, em um sinal claro de expansão dos negócios e da força empreendedora do setor”, declara Terra.
O levantamento ainda detalha que o varejo adicionou 276,5 mil postos de trabalho, superando a marca de 10 milhões de trabalhadores formais; no final de 2022, eram 9,93 milhões.
“O varejo é um setor muito resiliente e flexível. Todo movimento de aceleração da economia aparece rapidamente no desempenho do setor, que tem uma enorme capacidade de inovação”, finaliza o presidente.