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Varejo deve desacelerar no início de 2024, segundo Ibevar

Por: Lucas Kina

Jornalista e repórter do E-Commerce Brasil

A previsão do indicador Ibevar, realizado pela FIA Business School, é de que as vendas do varejo desacelerem na virada do ano, especificamente entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024.

Ibevar - Varejo e e-commerce 2024
(Imagem: Freepik)

De 11 segmentos observados pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (FIBGE), espera-se que ao menos cinco tenham índices negativos.

Em termos gerais, o que se espera é uma queda de 0,6% no varejo restrito, que não inclui veículos, motos, autopartes/peças e materiais de construção. Já no ampliado, que considera todas as áreas, a expansão é mais tímida — 0,2%.

A expectativa de retração em termos de segmentos, segundo o levantamento, atinge categorias como:

+ Livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%);
+ Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2%);
+ Veículos, motos, partes e peças (3,6%);
+ Hipermercados e supermercados (0,2%);
+ Móveis e eletrodomésticos (1,4%).

Já entre os subsegmentos que apresentam estabilidade, ficam:

+ Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas;
+ Equipamentos e material para escritório;
+ Informática e comunicação;
+ Combustíveis e lubrificantes.

Por fim, o crescimento deve se apresentar em:

+ Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos de perfumaria e cosméticos (1,6%);
+ Material de construção (0,5%);
+ Tecidos e vestuário (1,6%).

De forma geral, a análise sob o Ibevar mostra expansão para menos de 30% dos segmentos.

Varejo em geral

As vendas do varejo restrito, que excluem veículos, motos, partes e peças e material de construção, devem recuar 0,6%. No conceito varejo ampliado, que considera todos os segmentos, deve haver expansão de apenas 0,2%.

“Embora a inadimplência venha caindo com a melhora da massa real de pagamentos, a verdade é que o fôlego de consumo é reduzido, principalmente considerando as incertezas políticas que permeiam o cenário econômico, advindas do âmbito interno, risco de manutenção das taxas de juros em patamares muito elevados, como externo, ou seja, aquelas associadas a escalada de conflitos e suas consequências”, pontua Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School.