O PayPal disse que não planeja comprar a empresa de rede social Pinterest, encerrando dias de especulação sobre um potencial acordo de US$ 45 bilhões.
O PayPal, com sede em San José, na Califórnia, abordou o Pinterest sobre uma possível aquisição, informou a Bloomberg News na semana passada. As empresas discutiram um preço de cerca de US$ 70 por ação, disseram pessoas com conhecimento do assunto, o que teria avaliado o Pinterest em cerca de US$ 45 bilhões.
“Em resposta aos rumores de mercado sobre uma possível aquisição do Pinterest pelo PayPal, o PayPal afirma que não está buscando uma aquisição do Pinterest no momento”, disse a empresa em comunicado de uma frase nesta segunda-feira (25).
A compra do Pinterest, uma plataforma de busca visual e álbuns, teria contribuído para as ambições do PayPal de se tornar o próximo superaplicativo global. A empresa foi fundada em 1998 por um grupo de investidores que incluía Peter Thiel e Elon Musk para ajudar consumidores a pagarem por produtos online quando muitos ainda usavam cheques ou dinheiro para transações de comércio eletrônico.
As ações do Pinterest chegaram a subir 13% na quarta-feira (20) depois da notícia da Bloomberg News sobre as negociações entre as empresas. Desde então, o papel devolveu a maior parte dos ganhos e fechou perto de US$ 58 na sexta-feira. A ação do PayPal caiu 12% nas três sessões anteriores.
Analistas questionaram a lógica do acordo. “Estamos perplexos com essa possível transação e vemos pouco ou nenhum fundamento estratégico”, disse Andrew Jeffrey, analista da Truist Securities. “Vemos um passo como esse como um ato de quase desespero.”
No ano passado, a empresa de pagamentos pagou US$ 4 bilhões pelo aplicativo de cupons e comparação de preços Honey Science. A aquisição do Pinterest teria dado ao Paypal mais dados sobre produtos comprados e a capacidade de anunciar ou oferecer descontos com base nessas informações.
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Fonte: Bloomberg, via 6 Minutos