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Números confirmam expressivo crescimento do m-Commerce no Brasil em 2013

Por: Redação E-Commerce Brasil

Equipe de jornalismo E-Commerce Brasil

O crescimento do mobile commerce começa acelerar no Brasil, e só não foi maior em 2013 por problemas primários de estrutura, como o baixo índice de conectividade WiFi nas residências, as sofríveis conexões 3G e o despreparo dos varejistas online para suportar a atividade.

Segundo o e.bit, que vem medindo o crescimento do m-Commerce a cada seis meses, as compras feitas a partir de dispositivos móveis (smartphones e tablets) já representam 4% do total de transações realizadas no comércio eletrônico. Praticamente o dobro do índice registrado em novembro do ano passado.

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Números do Buscapé também comprovam aumento significativo no uso de dispositivos móveis entre os que acessam o site para comparar preços. Em 2012, quando a empresa tomou a decisão de desenvolver um aplicativo para dispositivos móveis em que, sem sair de sua interface, o cliente fosse capaz de finalizar a compra, o acesso via smartphones e tablets representou 5% do total. Este ano, já subiu para 17% (número de outubro, que pode ser ainda maior ao fim de dezembro, considerando a curva de crescimento do acesso mobile (aplicativos e mobile browser), mês a mês, nos 11 primeiros meses de 2012 em comparação com o mesmo período de 2013.

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O interessante, segundo o VP de Comparison Shopping do Buscapé, Rodrigo Borer, é que ao contrário das pesquisas que apontam o tablet como plataforma móvel de preferência para o m-Commerce, a maioria das vendas realizadas através do app do Buscapé partiu de smartphones. “O mais surpreendente é que, ao conversarmos com esses usuários que compraram através do app, descobrimos também que a maioria deles estava em casa quando fez a compra e não na loja física, contrariando inclusive a nossa expectativa na época do lançamento do aplicativo”, comenta o executivo.

Segundo Borer, a explicação para dos dois fatos tem relação com o número pequeno desses usuários com acesso WiFi em casa. Mas pode estar relacionada também com outros fatores.

É fato que os consumidores estão sempre em fase de apreciação de produtos e serviços e cada vez mais a um toque de distância para saltar de de uma loja física para uma loja virtual, ou de um varejista online para outro. Mas o  chamado “always-on commerce”, considerado uma evolução sutil do e-commerce, provocada pela conectividade onipresente dos consumidores, só deverá ser mais expressivo a partir de 2014,  não só no Brasil, quanto no mundo, de acordo com um novo relatório da eMarketer, “Key Digital Trends for 2014”. A maior proliferação dos acesso 4G, da adoção do design responsivo nos sites de e-commerce preparador para m-Commerce, e dos próprios dispositivos móveis inteligentes contribuirão para isso.

No entanto, segundo Noah Elkin, eMarketer, embora o tablet esteja emergindo como fator chave para o aumento varejo móvel, em geral, por enquanto os smartphones oferecem acesso mais acessível para um número muito maior de consumidores, tanto em mercados desenvolvidos, quanto em mercados emergentes. Portanto, o comportamento observado pelo Buscapé é a realidade hoje, não só no Brasil, como também em outros países.

E a combinação de portabilidade, conectividade e acessibilidade dará cada vez mais ao smartphone um lugar privilegiado na condução do always-on commerce. Portanto, a tendência é haver um equilíbrio entre o uso dos tabblets e o dos smartphones para o m-Commerce. A comodidade ditará a preferência.

Nesta quinta-feira, 12 de dezembro, às 16h (no horário de Brasília), Noah Elkin participa do tradicional webinar gratuito promovido pela IBM que discute as tendências digitais para 2014 e no qual o tema always-on commerce será abordado. Interessados podem fazer o pré-cadastramento para assistir ao webinar clicando aqui.

Em tempo: o  aumento da relevância do m-Commerce para o e-commerce brasileiro pode ser notado também nos valores movimentados. Em 2012, atingiu R$ 561 milhões em faturamento. Em 2013, esse número deve chegar a R$ 2 bilhões, de acordo com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

Por: IDG Now