Após o anúncio de entrada no setor farmacêutico, o Mercado Livre veio a público esclarecer informações sobre o despacho ordinatório emitido pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) na última quarta-feira (15), que levou à circulação de boatos sobre uma nova análise da aquisição da Cuidamos Farma.

Em nota, a companhia afirmou que o despacho não representa a abertura de um novo processo e que a compra da Cuidamos Farma já foi autorizada, transitada em julgado e arquivada. O novo despacho trata apenas de um procedimento de Solicitação de Análise de Informações, destinado a examinar alegações da Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), consideradas infundadas pela empresa, e trocas de e-mails entre a associação, o CADE e o próprio Mercado Livre.
“A aquisição da farmácia está concluída e arquivada. O despacho em questão é um procedimento administrativo interno do CADE e não reabre o processo de compra”, informou a companhia.
Atuação em conformidade com a legislação
O Mercado Livre reiterou que atua em total conformidade com a legislação vigente, incluindo a RDC 44/2009 da Anvisa, que regula o comércio de medicamentos no Brasil.
Entre os principais esclarecimentos, a empresa destacou que:
- Ainda não atua na venda de medicamentos em seu marketplace, sendo a comercialização proibida pelos próprios termos e condições da plataforma;
- Não há planos de criar uma rede própria de farmácias ou telemedicina, e sim de trabalhar com parceiros;
- A aquisição se restringe à Cuidamos Farma, sem qualquer contrato ou parceria adicional com a Memed S.A..
“O Mercado Livre sempre buscou atuar dentro das normas. Nossa intenção é colaborar com os órgãos reguladores, como a Anvisa, para atualizar o marco regulatório à realidade tecnológica atual e garantir a venda segura e acessível de medicamentos no ambiente digital”, informou a empresa.
O que aconteceu?
A entrada do Mercado Livre no segmento farmacêutico foi anunciada na semana passada. Em coletiva de imprensa, Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, explicou que a iniciativa faz parte da estratégia de ampliar o ecossistema de saúde digital da companhia, com foco em parcerias e soluções tecnológicas, não em redes próprias de farmácias.